https://surftotal.com/entrevistas/analises/item/25865-presenca-no-top-5-nos-ultimos-10-anos-qual-o-pais-campeao-do-surf-na-wsl#sigProId3442817bb5
Presença no TOP 5 nos últimos 10 anos ... Qual o País Campeão do Surf na WSL ?
Mais um artigo da série “Tempestade lá fora ... Mais um olhar científico sobre o surf …
Por Pedro B. Júdice, Investigador Doutorado e Professor Auxiliar na Faculdade de Educação Física e Desporto, da Universidade Lusófona.
Mais um artigo da série “Tempestade lá fora ... Mais um olhar científico sobre o surf …”. Esta não é a primeira vez que a tempestade gera reflexões de cariz científico (http://surftotal.com/entrevistas/analises/item/12983-um-olhar-cientifico-sobre-o-surf e https://surftotal.com/entrevistas/analises/item/13091-um-olhar-cientifico-sobre-o-surf-2), por este praticante e entusiasta da modalidade, o Professor Pedro B. Júdice. Desta vez, traz-nos uma análise que olha para a representatividade de diferentes países no circuito mundial de surf da WSL nos últimos 10 anos, ou seja, quem está na linha da frente.
Desta análise podemos retirar várias ilações.
Se considerarmos os últimos 10 anos (2015 até ao dia de hoje) e de acordo com os números apresentados no gráfico em baixo, é visível o domínio brasileiro nos lugares cimeiros do ranking mundial de Surf da WSL, com 19 aparições no TOP 5, seguido da histórica Austrália com 13 presenças e num 3º lugar, já algo distanciado, podemos observar os (agora sem Kelly Slater) EUA, com 5 aparições no TOP 5, algo que contrasta com o que acontecia na(s) era(s) Slater e não só... há umas décadas.
Com representações menos expressivas temos a África do Sul (4 presenças no TOP 5), depois o Havai (3 presenças que dizem respeito aos 3 títulos mundiais do JJ) e por fim 1 presença do Japão (ver gráfico em baixo).
Numa leitura um pouco diferente e que diz respeito à maior ou menor heterogeneidade na representação de diferentes países no circuito mundial da WSL e também no TOP 5, no gráfico apresentado em baixo temos a evolução desde 2015, sendo que considera em 2025, a realidade até à presente etapa de Peniche.
Como é possível verificar pelo gráfico, desde 2015 que o número de países representados no circuito mundial de surf da WSL conta com uma média aproximada de 11 países, sendo que o ano em que houve um maior número de países representados no circuito foi em 2022 (12 países) e o menor número de países em 2016 (9 países apenas).
Relativamente ao TOP 5, ao longo destes 10 anos, o número de países representados tem sido bem menor, com uma média a rondar os 3 países, sendo que o menor valor aconteceu em 2015, a ser dominado pelo Brasil (3 atletas) e Austrália (dois atletas) e se considerarmos o ranking à chegada da prova de Peniche de 2025, o ano com maior representatividade de diferentes países é o presente ano de 2025, com 5 países a estarem de momento no TOP 5 e mais interessante, países que tradicionalmente não estão, como a Itália e a Indonésia.
Esta análise permite lançar uma questão pertinente, “Será que estamos a assistir a uma maior diversidade no que toca às nacionalidades que estão na frente do surf mundial?”
No final desta época competitiva poderemos ter a resposta a esta pergunta, até lá, Boas ondas!!!