A morte de Tyson Williams, aos 36 anos, a semana passada, foi falada um pouco por todo o lado. Até a equipa de comentadores da World Surf League, em pleno direto do Billabong Pro Tahiti, fez questão de prestar uma singela homenagem ao waterman australiano oriundo de Manly Beach. 

Waterman… porque Tyson Williams não tinha problemas em descer ondas de diversas formas, estilos e artefactos. Ele começou no bodyboard aos 11 anos. O enorme talento cedo o levou a conseguir alguns importantes patrocínios e a tornar-se profissional aos 16.

Correu o circuito mundial da modalidade durante alguns bons anos, mas, mais tarde, começou também a apanhar umas ondas em surf. Embora não fosse um competidor regular ou muito assíduo, também aí acabou por alcançar alguns desempenhos de relevo como, por exemplo, os quartos de final num WQS em Pipeline. Feito que não é alcançável por qualquer um... 

Começou então a viajar com um quiver de diferentes pranchas sempre que cruzava as águas do Havai, Indonésia e Taiti. Fez amigos por toda a parte que o consideravam um super-homem e queriam ser como ele. Irradiava energia, charme e carisma, mas sofria de uma das mais mortíferas doenças dos tempos atuais - depressão * -, que, quando menos se esperava, o levou a pôr termo à própria vida. 

O presente vídeo, elaborado por Tim Bonython, é um tributo à sua vida e contém imagens de uma surf trip realizada pelo Taiti em 2015, com Tyson a descer ondas de Surf e Bodyboard, nas mesmas sessões, em Teahupoo. 

Que a sua alma descanse em paz. 

* Atualmente, 1 em cada 16 jovens australianos (16-24 anos) sofre de depressão. O suicídio é a maior causa de morte na Austrália, superando até os acidentes de viação. 324 jovens australianos (15-24 anos) suicidaram-se em 2012. Todos os anos, cerca de 1 milhão de australianos sofre de depressão e 2 milhões de ansiedade. Dados fornecidos pela organização Beyond Blue.