Griffin Colapinto e Stephanie Gilmore são os vencedores do Surf City El Salvador Pro

Filipe Toledo e Carissa Moore continuam a ser os líderes do ranking mundial

 

Chegou ao fim a 7º etapa do Tour, o Surf City El Salvador Pro, que decorreu na direita de Punta Roca, e atribuiu a vitória a Griffin Colapinto e a Stephanie Gilmore. Em ambas as finais assistiu-se a reviravoltas, surpresas e, inclusive, um dejà vú. Embora os líderes do ranking mundial mantenham-se os mesmos, o evento mexeu com algumas colocações já que os vencedores desta etapa situam-se agora no 3º posto, tendo subido para os Top5. Recorde-se que o objetivo principal passa por assegurar uma vaga entre os 5 primeiros colocados para garantir um lugar na WSL Finals, em Trestles, onde será decidido o campeão/campeã mundial.

O dia de hoje, dia 17 de junho, o último dia do Surf City El Salvador Pro, foi dedicado às semi-finais e ao combate final, tanto na categoria feminina como masculina.

 

Final: Stephanie Gilmore X Lakey Peterson

Stephanie Gilmore e Lakey Peterson foram as primeiras finalistas a entrar na água. Se numa primeira fase parecia já estar traçado o destino final, uma vez que havia passado 24 minutos e Gilmore continuava com 1 ponto de somatório, por contraste a Lakey Peterson que já contava com 9.67 pontos. Por outro, Stephanie Gilmore levou à letra o provérbio “quem espera, sempre alcança”, e foi restando 11 minutos para o final do heat, sendo que estavam com uma duração de 35 minutos, que conseguiu um 7.33 pontos.

Peterson continuava na liderança mas Gilmore passava a ter somente em falta uma onda de 2.34 pontos para lhe roubar o lugar. Perante a exigência respondeu com um 5.67 pontos e conduziu uma reviravolta a 6 minutos para o final. Lakey Peterson ainda trocou o backup por uma onda de 4 pontos, mas de nada valeu e terminou em segundo lugar.

 

 

Final: Griffin Colapinto X Filipe Toledo

Seguiu-se a final entre Filipe Toledo e Griffin Colapinto, o que pôde chamar-se um déjà vú se remetermos para a final do Meo Pro Portugal, onde ambos os atletas tiveram um confronto. Cada um começou por puxar nas manobras as suas melhores características mas, se era com aéreos que Filipe Toledo queria jogar, sobretudo após conquistar um 9.57 pontos na segunda onda com dois áreos, foi com aéreos que Griffin ripostou e garantiu um 9.00 pontos.

Cada um contava com uma nota na casa dos 9 pontos mas o backup de Toledo sobressaia-se face ao do californiano, embora pouco. A disputa estava de tal forma renhida que quando o relógio marcou 7 minutos para o final, ambos tinham 16 pontos na conta, mas o brasileiro mantinha-se em primeiro já que a sua nota de 9 pontos era mais elevada. Colapinto não baixou os braços, era-lhe pedido um 7.01 e este alcançou um 8 pontos, sobrepondo-se, novamente, a Filipe Toledo e sagrando-se campeão da etapa, a segunda vitória esta temporada.

 

Semi-final: Lakey Peterson X Johanne Defay

A maioria dos fãs opinou no portal da WSL, que no duelo entre Johanne Defay e Lakey Peterson, seria a francesa Defay a seguir para a final, mas Lakey mostrou-lhe que estavam enganados desde a primeira onda. Depois de completar um 6.50 pontos, adicionou mais uma onda avaliada em 6.20 pontos à conta. Enquanto isso, embora a francesa continuasse a lutar para se desviar das machadadas da adversária, não encontrava ondas que lhe oferecessem o suficiente de modo a inverter a situação. Peterson optava pelas ondas maiores que resultavam consequentemente em pontuações maiores e foi com um score final de 12.70 pontos que deixou pelo caminho Johanne Defay com 9.67 pontos totais (4.17 + 5.50). Numa fase em que Defay se aproxima da liderança do ranking mundial, este campeonato mostrava-se crucial para a atleta.

 

 

Semi-final: Stephanie Gilmore X Caroline Marks

No heat que se seguiu das meias-finais femininas, Caroline Marks trilhou um regresso sucedido até às semi-finais em El Salvador, tendo em conta que estava afastada do Tour desde a primeira etapa em Pipeline. Contudo, Stephanie Gilmore pôs-lhe um travão e arrancou o melhor somatório feminino desta ronda, com duas notas na casa dos 7 pontos (7.50 + 7.00) após atirar-se às secções críticas e meter pressão nas manobras. Por sua vez, Marks procurava incessantemente a sua oportunidade de recuperar a liderança, que manteve durante os minutos iniciais de heat, mas ficou a precisar de um 8.33 pontos para avançar para a final, terminando com 9.84 finais (6.17+3.67).

 

 

Semi-final: Griffin Colapinto X Gabriel Medina

A final feminina foi deixada para o fim e os homens entraram em cena. Gabriel Medina encontrou-se com Griffin Colapinto mas ao fim de 15 minutos nenhum dos atletas tinha apanhado alguma onda pelo que a demora dos sets obrigou a um recomeço e novo soar da buzina, voltando o cronómetro a marcar 35 minutos.

Griffin foi o primeiro a abrir a bateria e se era para vencer, que fosse em grande destaque. Começou por tentar uma manobra radical soltando as quilhas mas falhou, até apanhar a segunda onda, acertar a manobra que havia tentado na onda anterior mas cair no layback da junção. Colapinto continuou determinado em arriscar e foi a atirar-se para as secções críticas e produzindo uma combinação, segundo os comentadores, excepcional de manobras com rapidez, que assegurou um 8.50.

Até então Medina encontrava-se em combinação, estando a precisar de 13 pontos. Uma onda com somente um aéreo de backside foi o primeiro passo para agarrar uma nota de 5.50 pontos e reduzir a margem de diferença. Em falta estava um 7.51 pontos mas o brasileiro fez uma onda de 7.67 pontos e subiu para primeiro, deixando desta vez o adversário a precisar de um 4.67. Próximo do final e com scores muito renhidos, Colapinto trocou o backup por um 4.80 pontos e foi já a sair da água que ficou a saber que tinha virado a bateria e avançando para a final.

 

 

Semi-final: Filipe Toledo X Italo Ferreira

A bateria entre Italo Ferreira e Filipe Toledo foi um verdadeiro show de aéreos. A buzina tinha acabado de soar quando Italo conquistou um 5.83 pontos. A resposta de Toledo veio à velocidade da luz e alcançou um 4.33 pontos. Mas o que não se sabia até então é que esses eram scores que rapidamente seriam descartados e que o melhor estava por vir.

Toledo mostrou grande controlo da prancha. Espremeu e manobrou com velocidade e conseguiu um 7.40 pontos. Ainda assim Italo Ferreira posicionou-se na frente com um 6.77 pontos e o backup da primeira onda. Apanhou tantas ondas como pôde mas a curta margem de distância injetava esperança em Toledo que quando viu uma rampa de lançamento, efetuou dois aéreos em sentido diferentes na mesma onda com uma “execução perfeita”, tal como apontaram os comentadores, e alcançou um 9.70 pontos. Italo ficou em combinação apesar de ainda ter conseguido um 6.43 pontos com a última onda.


 

A carruagem do Championship Tour segue agora em direção ao Rio de Janiero onde decorrerá a 8º etapa, o Oi Rio Pro, de 23 a 30 de junho.

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