Kelly Slater diz que Main Break não é apelativo e quer competição em The Box
Multi campeão norte-americano deseja a slab para competir na próxima ronda...
Kelly Slater eliminou Frederico Morais, o novo gladiador português, e conseguiu um 5.º lugar em Snapper Rocks. Não foi o melhor arranque de temporada que já vimos do multi campeão, mas também não foi definitivamente o pior e mantém mesmo a chama pelo 12.º título mundial bem acesa.
Tão acesa que em Margaret River, a 2.ª etapa do World Tour, que está a ter lugar até 9 de abril, o norte-americano passou "àbrir” por Mick Fanning e Leo Fioravanti, garantindo um lugar na ronda 3. Kelly encontra-se na primeira bateria dessa terceira fase e vai competir com um dos talentos aussies, Jack Freestone.
Entretanto, nestes últimos dois dias, tempo livre é coisa que não tem faltado. Slater tem aproveitado para amealhar milhas atrás de milhas nos cilindros de The Box, a slab do oeste australiano que é um dos três palcos do Drug Aware Margaret River Pro (juntamente com o Main Break e North Point).
Ontem, por exemplo, The Box esteve a funcionar e foram muitos os “pros” que não perderam a oportunidade de retirar proveito das suas maravilhas. A WSL, por sua vez, optou por realizar a competição no Main Break devido, segundo escreveu, “à inconsistência do swell e das ondas” na referida slab.
Em entrevista ao jornal The West Australian, Kelly Slater deixou escapar que a prova deveria ter decorrer em The Box. “Eu diria que o Main Break, no que diz respeito a performance, é 90% das vezes repetitivo, não é uma grande onda,” começou por dizer, acrescentando mais tarde que “não é uma onda muito excitante, não é boa para bom surf. No entanto, vocês sabem, se conseguíssemos fazer a prova em The Box ou North Point rapidamente ficaríamos no topo das preferências."
Slater comentou ainda as qualidades únicas de The Box: “No que toca a espetacularidade, penso que The Box é um dos melhores picos para uma competição. É muito rápido e perigoso, bem como visualmente muito atrativo. Há um forte apoio do Governo local a este evento, que também acaba por ter a sua influência.”
“É um pouco triste, estou aqui sentado a pensar que, se calhar, não vou voltar mais,” acabou por dizer.
A ideia de que a Austrália poderá ver desaparecer uma das suas provas já vem de longe. Recentemente, Nick Carroll também escreveu que o Tour poderá emagrecer e perder duas etapas já em 2018. O oeste australiano poderá mesmo não fazer parte das contas da World Surf League já no próximo ano.
Agora, o que nos deixou francamente curiosos, é se a última afirmação de Kelly Slater se prenderá com a eliminação da etapa em si...? Ou estará o próximo ano, para Kelly Slater, definitivamente fora da equação?