A moldura humana é algo que faz parte de algumas etapas do CT, como a de Peniche, por exemplo. A moldura humana é algo que faz parte de algumas etapas do CT, como a de Peniche, por exemplo. Foto: Pedro Mestre/WSL quinta-feira, 09 fevereiro 2017 16:16

WORLD TOUR PODE PERDER DUAS ETAPAS EM 2018

Especulação pura ou polémica? 

 

 

Nick Carroll, emblemático (e polémico q.b.) jornalista de surf, referiu num dos seus últimos textos que o World Championship Tour da World Surf League poderá sofrer uma redução de duas provas muito em breve, passando das atuais 11 para 9 etapas já para a temporada 2018.  

 

Numa crónica assinada pelo próprio no site Coastalwatch.com, o australiano comenta a recente saída de cena de Paul Speaker, CEO da WSL, mas esboça também algumas ideias sobre o que poderá ser o futuro do circuito mundial de surf. 

 

Assim, segundo ele, podemos esperar um emagrecimento do tour nos próximos anos. Tal facto não deixa de ser engraçado e curioso ao mesmo tempo, refere, uma vez que o surf está numa clara curva ascendente (de crescimento, portanto) neste momento, embora a vertente profissional esteja a encolher a olhos vistos - com menos patrocínios, menos eventos, menos premiações, etc. 

 

O CT tal como o conhecemos deixará de existir, passando, muito possivelmente para uma base de oito etapas, onde o número de surfistas será também inferior ao atual top 34 e o formato de cada prova assentará em apenas dois dias de competição. Será também claramente virado para as redes sociais, em detrimento da moldura humana na praia, mas isso é algo que já acontece nos dias que correm. 

 

As provas do Rio de Janeiro e de Trestles são tidas como as primeiras a cair, ou seja, a serem eliminadas do calendário. O jornalista deixa claro que os surfistas não vão aceitar estas reduções, mas que no final não poderão fazer nada uma vez que já não são eles que tomam as grandes decisões no surf profissional. 

 

Novos mercados como a Coreia, China e outros países do género, onde a “surf culture” permanece por explorar, poderão fazer parte do CT nos anos futuros, também garante Nick Carroll. Com os Jogos Olímpicos de 2020 à porta e a parceria feita há pouco tempo com a KS Wave Co., deixam também adivinhar que etapas válidas para o World Tour em piscinas de ondas artificiais vão mesmo acontecer. Só resta saber quando. 

 

Os dados avançados por Nick Carroll são deveras preocupantes, apesar de deixarem crer que na sua maioria se trata de pura especulação. Porém, parecem agradar muita gente. Segundo ele, foram revelados por uma fonte próxima. E o homem lá terá definitivamente as suas fontes. 

 

Parece-nos que vamos ter que aguardar para ver o que os próximos tempos revelam, mas até acreditamos que várias mudanças estejam a ser equacionadas - especificamente no que toca a redução de custos - para o mundo do surf profissional. 

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