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MALDIVAS REABREM ACESSO AOS PICOS
Os picos de Lohi, Pasta Point, Sultons e Honkeys estão abertos novamente.
Por Patrícia Tadeia
O Governo das Maldivas decretou a liberalização dos recursos e dos picos para acesso ao surf. A notícia agrada a muitos claro, por que afinal ninguém gosta de praias e resorts em que os não-hóspedes não podem surfar. Em comunicado, a que a SurfTotal teve acesso, o presidente da Liveaboard Association of Maldives, Ismail Hameed (Issey), defende: “Estamos muito contentes por informar o governo da República das Maldivas fez uma alteração ao regulamento sobre as fronteiras dos resorts”, lê-se.
Com esta alteração, o governo “excluiu todos os picos de surf e de mergulho ‘populares’ da fronteira do resort. Isto significa que os resorts de surf já não podem proibir o acesso aos picos de surf dentro de seu limite para qualquer surfista. Basicamente, com esta alteração, todos os picos, incluindo Lohi, as direitas de Kandooma, Pasta Point, sultons e Honky, estão livres para serem surfadas de novo”, informa um comunicado da 'Line Up Explorers' (LUEX).
“Os turistas estão agora autorizados a utilizar estes recursos como fizeram nos últimas quatro décadas sem ter de passar por operadores turísticos até que um plano de gestão adequado seja implementado pelo Ministério do Turismo”, acrescenta.
De recordar que o Chayaa Dhonveli Resort (Pasta Point), por exemplo, já foi um pico exclusivo durante muitos anos. E a partir deste ano, o Hudhuranfushi Resort (Lohi), Holiday Inn Kandooma (Kandooma) e a Ilha Thanburudhoo recentemente privatizada (Sultans e Honkeys) fizeram o mesmo tornando os seus picos de surf privados.
À SurfTotal Gonçalo Boavida, do operador turístico Takeoff Surf Travel acrescentou: “As notícias recebidas são muito positivas, tendo o governo das Maldivas decidido de forma exemplar e dentro do que eram as nossas expectativas.”
O responsável aproveitou para fazer um ponto de situação sobre o tema: “A concessão da ilha de Thanburudhoo Island e privatização dos seus picos “Sultans e Honkeys”, entregues em exclusividade a uma empresa australiana que já detinha a onda de “Pasta Point”, provocou um conjunto de acontecimentos em série, levando a que onda Lohifushi (em frente ao resort Hudhuranfushi) fosse reclamada por outra empresa australiana para seu uso exclusivo, acontecendo de seguida o mesmo à direita do Kandooma Resort em Malé sul”, explica.
“Seguindo esta tendência, os donos surfcamps localizados nas ilhas locais dos picos de “Jails” e “Cokes” indicaram que, sendo assim, só quem permanecesse nas suas ilhas é que ai poderia eventualmente surfar”, continua.
“O processo abriu também precedente para que os resorts com “dive sopts” dentro sua área concessionada reclamassem a sua exclusividade ficado inacessíveis aos operadores da Liveaboards… A situação ficou caótica, existindo inclusivamente equipas de segurança na água para evitar que se surfasse nos picos concessionados, antevendo-se problemas graves durante a época de surf que agora inicia”, diz ainda Gonçalo.
E foi aí que o governo foi chamado a intervir, decidindo favoravelmente a favor da liberalização dos recursos, “sendo agora o momento e a oportunidade para regulamentar o acesso ao surf, criando-se regras que promovam uma prática segura e de qualidade”, diz.
“A Takeoff acompanhou o processo desde o início e já demonstrou interesse e disponibilidade para colaborar com as entidades locais na procura de uma solução equilibrada para o futuro do surf nas Maldivas”, conclui.
As novas regras de limite agora apresentam grandes mudanças e que será difícil para eles explicarem essas alterações aos seus clientes, que geralmente pagam um preço elevado para tal exclusividade. Compreensivelmente, existe agora um monte de confusão.
Contudo, ainda não está claro quando a nova regra será implementada. O comunicado de imprensa afirma que o Ministério do Turismo, ainda tem de publicar uma lista completa de todos os picos ‘populares’ de surf e mergulho e ainda tem que definir um plano de gestão para os picos.