Filipe Toledo é um dos nomes que é já apontado para a vitória no Rio Pro. Filipe Toledo é um dos nomes que é já apontado para a vitória no Rio Pro. Foto: WSL segunda-feira, 08 maio 2017 14:48

Um Tour onde todos podem vencer

À beira do início do Rio Pro, eis algo para pensar… 

 

Três etapas estão cumpridas no calendário 2017 da World Championship Tour e, para já, temos três vencedores diferentes. Owen Wright regressou à competição com uma extraordinária vitória na Gold Coast, seguiu-se John John Florence em Margaret River a mostrar um domínio por demais evidente, à campeão mundial mesmo. Na semana seguinte, Jordy Smith fez aquilo que andávamos à espera há já algum tempo - venceu em Bells Beach. 

 

À beira do início do Oi Rio Pro, a 4.ª paragem do World Tour da WSL que tem lugar em Saquarema, entre os dias 9 e 20 de maio, ou seja, o período de espera abre amanhã; temos para já uma única certeza: é a de que este ano qualquer um pode vencer no Tour. 

 

Isso é uma boa notícia. Acabaram-se as hegemonias, o nível está mais equilibrado, nivelado e calibrado e, na verdade, a surpresa pode ter lugar a qualquer momento. Seja com um top seed a ser surpreendentemente afastado no Round 2 ou com um “rookie” a sair vencedor nas águas canarinhas. Sim, e o nosso Frederico Morais está bem cotado e inclui-se, obviamente, na lista dos que poderão causar sensação. 

 

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No entanto, avaliando pelo que a media internacional tem escrito nos últimos dias, há seguramente três apostas seguras para o topo do pódio no Brasil. Uma delas chama-se Filipe Toledo. O “airman” zuca já esteve perto de levantar o troféu esta época. Foi terceiro em Margaret River, quinto em Bells Beach e encontra-se em sexto lugar no ranking mundial - algo que até pode ser considerado aquém do que seria esperado. 

 

O cenário, desta vez, é diferente para ele. O ano passado Toledo deu-se mal em casa, mas é preciso que se diga que vinha de uma lesão. Na sua quinta temporada de Tour ele está definitivamente mais maduro, forte e consistente, mas prima por manter toda aquela toada “elétrica” a que nos habituou. O povo agradece. 

 

Ele tem vindo a provar que consegue obter boas notas em qualquer tipo de onda e em qualquer lugar do planeta. Dito isto, imaginemos por momentos o que poderá fazer e o que poderá alcançar em casa, frente aos seus fãs e nas águas do seu país natal. 

 

Depois temos Gabriel Medina, outro “showman” Made in terras de Vera Cruz. O campeão mundial de 2014 é conhecido por não ter bons arranques de temporada, mas este ano até foi diferente. No Quik Pro, na azáfama e concorrida rotina de Snapper Rocks, ele despachou Kelly Slater num “super heat” dos quartos de final e só foi barrado pelo campeão do evento nas meias. 

 

Seguiram-se um 25.º e 13.º lugares, em Margies e Bells Beach, respetivamente, comprovando a tal teoria dos maus arranques de temporada que deixaram, seguramente, um gostinho amargo na boca. Um 11.º lugar no ranking é algo que não estaria à espera neste momento, mas na verdade é tudo o que tem para acenar. 

 

Ora, sabendo que perder é muito possivelmente o que mais odeia na vida, convém estarmos preparados para uma resposta - bem convincente - de Gabi nas ondas de Saquarema. Acima de tudo, não vamos esquecer que, em plena competição, Medina é capaz de coisas tão surpreendentes e inesperadas como foi o Backflip do ano passado

 

É certo que Toledo e Medina têm a vantagem de estar a competir em casa, mas o que poderemos dizer de John John Florence. Sim, é ele a terceira aposta segura sugerida pela média do surf. O havaiano, campeão mundial em título, já registou dois terceiros (Gold Coast e Bells) e um primeiro lugar (Margaret River) esta temporada. Ah, e muito importante, convém frisar: é o atual líder do ranking. 

 

John John pode até não ter vencido em Bells, quando tudo indicava o contrário, mas tem vindo a mostrar, onda após onda, campeonato após campeonato, que é o surfista mais espetacular do momento. Diz-se por aí que o facto de ter ficado pelas meias finais em Bells se trata apenas de adiar algo que irá acabar eventualmente por acontecer - i.e., vencer novamente. Não há volta a dar. E pode bem ser já no Rio Pro que, caso estejam esquecidos, venceu em 2016, frente a Jack Freestone, com 9.70 e 9.27, somando 18.97 pontos em 20 possíveis (descartou pelo caminho um 8.00 e 7.00 pontos). 

 

Saquarema está aí e tem uma boa caraterística: melhora quando o swell sobe. Filipe, Gabi e John John sabem voar e surfar no rail, seja para a esquerda ou para a direita. O povo brasileiro adora os seus surfistas, mas também adora “show de surf". Estes três são definitivamente indicados para isso. 

 

Em todo o caso, quais são as tuas apostas?

 

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