800 pessoas, incluindo activistas de 80 países, participaram numa ação de arte aérea na praia, para impedir a exploração de combustíveis fósseis em Portugal e apoiar a transição para uma economia e sociedade regenerativas.

Esta ação teve lugar na na praia da Cova do Vapor, em Almada, no distrito de Setúbal, e foi parte do evento “Defender o Sagrado: Encontro Internacional de Ativistas”, realizado em Tamera de 1 a 10 de agosto, contando com a participação de líderes de Standing Rock e ativistas do mundo inteiro, e com o apoio de movimentos ambientalistas em Portugal.

O principal objetivo do movimento é que não se realize a prospeção de petróleo em Aljezur, no distrito de Faro, mas também apresentar alternativas para o abastecimento energético.

Pode juntar-se ao movimento e/ou assinar a petição aqui. 

Neste último sábado, aproveitando a visita às zonas afetadas pelos incêndios, em Monchique, no Algarve, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, reuniu-se com o Movimento e a Plataforma Algarve Livre de Petróleo numa audiência em Almancil, Loulé, e disse que vai refletir sobre os argumentos que lhe foram apresentados. 

A prospeção e exploração de petróleo tem sido contestada pelo Movimento Algarve Livre de Petróleo (MALP) e pela Plataforma Algarve Livre de Petróleo (PALP), que coincidem na necessidade de impedir a sua realização, por ser contrária à tendência atual de luta contra as alterações climáticas, por ameaçar uma região que vive do turismo e tem um valor natural e cultural que deve ser preservado.

Vale realçar que, atualmente, há 42 mil objeções a este furo em (ao largo de) Aljezur, foram solicitados vários pareceres sobre uma avaliação de impacto ambiental que não foram tidos em conta e, embora todos os municípios do Algarve estejam contra a iniciativa, o Governo acabou por não levar em conta as suas posições. 

A imagem humana aérea que se vê no vídeo foi desenhada por John Quigley da Spectral Q e filmada pela equipa de media de Tamera.