'Madi': "Estar no Noosa era um sonho com 20 anos"

 José Pedro Marcos, mais conhecido como Madi, conta à SurfTotal como foi a experiência de participar no mítico Noosa Festival of Surfing.

 

 

A cumprir a 24ª edição, o Noosa Festival of Surfing é por muitos considerado o principal evento da cultura surf em todo o mundo. O evento contou este ano com mais de 600 participantes de 15 países na competição que acontece em ondas perfeitas e com muita animação pelo meio. Foi lá que esteve João Pedro Marcos, mais conhecido como Madi, que nos contou tudo sobre esta experiência cheia de significado.

 

 

Como surgiu a oportunidade de estar no ‘Noosa’?
Estar a competir no Noosa Festival of Surfing sempre foi um sonho na minha vida de 20 anos de Longboarder/competidor - e mais 15 ou 20 de shortboard (risos). A onda é uma direita linda perfeita que arranca nas rochas e depois apanha o banco de areia e vai,vai, vai... perfeita para Longboard. Fui no ano passado e repeti a dose este ano! Daí o sonho começou a ser concretizado no ano passado. Então no ano passado fui com a minha mãe - eu tenho 52 anos, comprei a primeira prancha de Surf da minha vida aos 12 anos -, e a minha Mãe tem 80 anos. Fomos muito bem recebidos pelo diretor do Festival, Phil Jarrett, sua mulher, família e amigos. No dia seguinte o mínimo que eu podia fazer era comunicar a minha disponibilidade para ajudar no Festival, a ideia foi bem recebida e hoje sou oficialmente do staff. Como consequência também sou sócio do Malibu Noosa Club.

 

Para quem não conhece, como descreve o evento? 
O Noosa Festival of Surfing, é 'só' o maior Festival de Longboard do Mundo, desde há 25 anos e sob a direção do Phil Jarrett há 15. Tem todas as divisões/categorias de Longboard, desde os miúdos até aos maiores de 70 anos, masculino, feminino, com cães na prancha, são cerca de 300 competidores. Este ano também teve o Ducktape do Joel Tudor (só clássico e só para convidados).



Que tal o balanço deste ano?
Este ano foi diferente a nivel de logística, fui sozinho! Lisboa/Paris/Hong Kong/Brisbane. Foi uma aventura, mal cheguei a Brisbane o cão da policia, adorou os pelos do meu Jack Russell, o "Prof". Depois mais 1 dia ou 2 para trocar de hotel e então começou aquela rotina de Noosa que eu adoro! Bom tempo, água quente, ondas e mais ondas, com muitos dias perfeitos! (No ano passado ainda estava melhor, ulálá!). Jantar às 18h, acordar às 5h para ajudar a montar o Festival, muito Surf e muitos amigos. Muitos amigos a destacar, o diretor do Festival e toda a sua familia, o staff que trabalhou comigo, os Surfistas novos e "velhos" e até portugueses que trabalham em Noosa. Na competição melhorei em relação ao ano passado, fiquei no 3º round, que é o round que antecede a final. Não tenho dúvida que em competição preciso de treinador/fisioterapeuta, ficou para mim provado em Salinas (Agosto 2014) onde ganhei porque tinha esse apoio. Posso estar preocupado com trabalho em Portugal, mais ou menos treinado, alongado, etc. No próximo ano vou ter treinador em Noosa.

 

Como descreve o espírito do festival?
O espírito do Festival é o do maior Festival de Longboard do Mundo. A cerimónia de abertura é de chorar, as homenagens também! Mark Richards, Simon Anderson, e muitos mais estão ali sempre a abrilhantar o Festival. O bar do Festival (na praia) das 4 às 8 da tarde é o verdadeiro festival também: filmes, bandas, competidores de todo o mundo. E ser reincidente, voluntário, do staff, e agora até já ganhei 2 heats, o que faz do Noosa Festival of Surfing uma experiência única. (Mas ganhar em Salinas, com a minha mãe ao lado também foi único).



Sabemos que vai estar em Malpica para mais um evento. Expectativas? 
Malpica é um Festival de Longboard Clássico, que é a minha opção dos dois últimos anos. menos campeonatos nacionais em Portugal e mais Festivais de Longboard pelo Mundo. E para terminar com alguma vaidade, em Julho estarei em Salinas/Asturias para defender o meu titulo de campeão 50 & over.


Fotos cedidas por José Pedro Marcos

Perfil em destaque

Scroll To Top