Austrália foi o grande catalisador do aumento exponencial do uso de Soft Boards

Portugal tem vindo a ser um mercado crescente nesta tecnologia de Pranchas de Surf...

 

 

A Surftotal esteve à conversa com Nuno Amado, Director da Surfcoud, empresa Sediada em Portugal que exporta material técnico de Surf  de diversas Marcas conceituadas a nível Mundial, para toda a Europa.

No enquadramento do evento de beneficiencia que irá decorrer em Santa Cruz já no proximo dia 16 de Julho. O qual será uma competição de Surf em Soft Top Boards protagonizado por algumas figuras do Surf Nacional. Sabe mais aqui.

 

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"Há pelo menos 5 milhões de pranchas Soft a nível global,

 

entre as school boards, 100% soft e as EPS soft tops...."

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"começou a existir proibição nalgumas praias de Sidney

 

a pranchas de PU ou Epoxy..."

 

 

 

 

Vamos então procurar saber mais sobre a tendência crescente que tem vindo a ser o uso das softboards e soft top em Portugal e no Mundo.

 

Surftotal: Em 1º lugar julgo que podemos falar um pouco da sua história, como e porque razão começaram a surgir as softboards?

Nuno Amado / Surfcloud: Honestamente não sei a história nem quem foram os primeiros a produzir este tipo de pranchas. Pelo que pude apurar foi na Austrália que tudo começou, sendo que o aumento exponencial acontece, isso sim, porque começou a existir proibição nalgumas praias de Sidney a pranchas de PU ou Epoxy e, os surfistas para poderem continuar a surfar durante o dia nessas praias, optaram por softboards de melhor qualidade e performance.

 

 

Surftotal: Que Países ou zonas de surf começaram por adoptar em 1º este tipo de pranchas e porquê?

Nuno Amado / Surfcloud: Como menciono acima, a Austrália foi o grande catalisador do aumento exponencial deste tipo de pranchas devido às restrições impostas nalgumas praias mais citadinas durante o dia. No entanto, rapidamente se espalhou na Califórnia e só há dois anos chega em força à Europa.

 

 

 

 

"As Pranchas Soft Top só há dois anos

 

começam a chegar em força à Europa..."

 

 

 

 

 

 

Surftotal: Em Portugal como tem sido esta tendência? Falamos não apenas das escolas mas também pelos praticantes de um modo geral

Nuno Amado / Surfcloud: Temos de dividir claramente em dois tipos de mercados distintos. No caso das escolas, há muitos anos que as soft tops vieram para ficar. Durante algum tempo ainda havia muitas escolas que queriam as pranchas 100% soft, mas hoje em dia as soft tops ganharam esse mercado.

Depois existe o mercado das pranchas mais similares em shape às tradicionais de PU ou Epoxy.

Nesse segmento, temos as grandes superfícies a oferecerem preços imbatíveis, com qualidade duvidável e sem durabilidade, mas que por outro lado permite uma maior abrangência e democraticidade no acesso ao surf. Temos depois algumas marcas como a O&E a proporcionarem pranchas chamadas de soft tops que já permitem surfar quase normalmente e de forma muito divertida. Este mercado está em claro crescimento e creio que veio para ficar.

 

 

 

 "As novas soft tops deram um salto muito grande

 

em qualidade e na performance..."

 

 

 

  

 

Surftotal: Podemos dizer que há pranchas soft top que tem o mesmo nível ou um nível semelhante de performance com as pranchas de Poliuretano?

Nuno Amado / Surfcloud: Não creio que se possa dizer isso. As novas soft tops deram um salto muito grande em qualidade e na performance, mas ainda estão longe. Temos um bom exemplo na O&E com as Happy Hour soft que, apesar de dar perfeitamente para surfar, a reactividade de uma PU ou mesmo epoxy sem a componente soft não é a mesma. Para um surf mais clássico e tranquilo, sem dúvida, mas quem já tenha um nível médio e médio alto, creio que não.

 

Surftotal: Podes dar alguns exemplos? 

Nuno Amado / Surfcloud: Na O&E e Catch Surf por exemplo há pranchas soft que permitem perfeitamente surfar com imensa diversão, mas há mais algumas marcas.

 

 

Surftotal: Há atletas profissionais a nível nacional e Internacional que usam este tipo de pranchas? Podemos nomear alguns?

Nuno Amado / Surfcloud: Existem vários que usam as soft tops mas sempre num contexto de diversão e brincadeira, nunca num aspecto de performance ou ondas de maior consequência. Mas o JOB por exemplo faz gato sapato de Pipeline numa softboard!!

 

 

 

 

"o JOB por exemplo faz gato sapato de Pipeline

 

numa softboard!!...."

 

 

 

 

Surftotal: O mercado de softboards no mundo assume um papel cada vez mais proeminente no mercado de pranchas de surf? Há números que possamos mostrar?

Nuno Amado / Surfcloud: Não creio que se consiga apurar esse número de forma fiável, mas se tivesse que dizer algo seguramente por baixo…. Pelo menos 5 milhões de pranchas a nível global, entre as school boards, 100% soft e as EPS soft tops. Basta dizer que a maior fábrica de 100% soft faz quase um milhão ao ano...

 

Surftotal: Nesta prova em particular como será a presença da Surfcloud e suas marcas de pranchas?

Nuno Amado / Surfcloud: A Surfcloud tem duas marcas que oferecem softboards, sendo a O&E a de maior relevo, com a NSP agora a querer entrar com mais força.

A NSP tem assumidamente apenas as school boards, quer na versão 100% soft quer como soft tops.

Mas é com a O&E que estamos a entrar forte no mercado. A marca tem uma das pranchas de referência para escolas há muitos anos (modelo SSB), mas há dois anos começámos a introduzir as pranchas de mais performance com as Ezi Rider (100% soft) e as EPS soft tops que de facto são surpreendentes.

Com as colaborações com o Mark Richards, Lee Stacy, Dakoda Walters e no longboard a Creative Army temos conseguido mostrar que é possível surfar a um bom nível com softboards, de forma mais segura e muito divertida.

 

 

 

"Há pelo menos 5 milhões de pranchas a nível global,

 

entre as school boards, 100% soft e as EPS soft tops...."

 

 

 

 

 

Surftotal: Porque razão a presença das marcas representadas na Surfcloud neste evento? É um evento de facto especial? 

Nuno Amado / Surfcloud: Sim, claro. Um evento com um cariz social com o qual nos identificamos e que queremos ajudar a crescer. A marca está obviamente focada em produzir os melhores produtos para os surfistas, mas profundamente comprometida quer com o apoio social quer com as questões ambientais.

Daí nos envolvermos por exemplo com escolas que têm formação a comunidades desfavorecidas e agora este evento.

 

 

Checa aqui o Test Drive Surftotal a uma Soft Top Surfboard

 

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