VIAGENS E SURF PELOS OLHOS DO MULTIFACETADO SURFISTA JAMES PARRY

 As fotografias de James Parry foram o mote para uma exposição na loja da Vans em Lisboa, e foi lá que nos encontrámos com o talentoso surfista para uma entrevista exclusiva à Surftotal...

 

Cheio de estilo, com um sorriso permanente, surfista multifacetado, fotógrafo e viajante incansável. Parry cultivou o seu suave deslizar pelas ondas e abordagem casual em redor de Sennen Cove, Cornualha, uma pequena aldeia inteiramente dedicada ao surf. A sua natureza errante levou-o numa viagem nómada à volta do mundo, uma odisseia que incluiu estadias prolongadas no sul da Califórnia, Austrália, Havai, Marrocos e em quase todos os lugares, afirmando-se como um dos mais extraordinários talentos do surf britânico.

 

Olá James. Como foi que o surf entrou na tua vida? Foste influenciado por alguém ou foi algo espontâneo?

O meu irmão é skateboarder e naturalmente comecei pelo skate. O surf acabou por vir depois, de uma forma muito natural. O meu pai sempre esteve ligado ao mar, fazia bodyboard e eu costumava vê-lo. Um dia a minha tia levou-me a surfar e começou assim.

 

 

Tendo crescido num país com boas ondas, embora com águas muito frias teve alguma influência no teu estilo de vida atual?

Sim. Eu venho de uma aldeia pequena, com um clima mais frio, em que muitos dos habitantes locais vão para fora durante o inverno. Há medida que fui crescendo pensava “para onde vai toda a gente?”. Quando cheguei a uma idade em que terminei a escola foi a minha altura de explorar, e desde aí nunca mais parei. Já viajei bastante, mas também sabe bem voltar a casa agora.

 

 

 

Como surgiu a fotografia de surf na tua vida?

Eu estava a viajar pela Califórnia e a viver na minha carrinha, e quando não estava a surfar não tinha muito para fazer, então pegava na máquina fotográfica.

 

 

Consideras que surf e fotografia são a conjugação perfeita?

Definitivamente. Para mim, ao ver os meus amigos surfar eu gostaria de poder parar aquele momento e ficar num estado de êxtase por ver aquela manobra ser feita. Estar dentro de água e parar o tempo é incrível.

 

 

Qual o maior ensinamento que tens retirado na tua vida ligado ao surf?

Penso que as viagens ensinaram-me a cuidar de mim e das pessoas que estão comigo enquanto estou na estrada, e também a comunicar com pessoas de diferentes países e culturas.

 

 

 

 

Como tem sido a tua experiência em Portugal estes dias? É um local que já conhecias?

Já conhecia Portugal do tempo em que fiz o Tour Europeu de Longboard. Nessa altura vim cá várias vezes. Provavelmente a ultima vez que vim foi há 10 anos, e é bom voltar sem estar em competição e poder ver mais do País. Quando estás em competição as pessoas têm inveja da quantidade de viagens que fazes e Países que visitas, mas na realidade não aproveitas muito porque a maior parte do tempo estás no evento, por isso é bom poder estar aqui e absorver tudo. 

 

 

Sobre esta exposição em particular, o que podemos ver? Qual o seu intuito?

É principalmente a minha visão do que é viajar. Espero que seja inspirador para as pessoas.

 

 

O que torna o Duc Tape num evento diferente?

Penso que as pessoas que o Joel (Tudor)  traz ao evento são únicas. A nova geração e as gerações anteriores influênciam-se e apreciam-se mutuamente, e isso é incrível de ver.

 

 

 

Fazer parte do Team Vans é algo muito especial, não é? Porquê?

Já estou na Team Vans há 12 anos. Há uma sensação de família, de ver o que cada membro da equipa faz, e todos os membros da equipa são únicos. Sabe muito bem pertencer à Vans.

 

 

Há alguma mensagem que queiras deixar?

Na realidade sim. Gostaria de agradecer a todos aqui em Portugal, em particular à Vans por montar este evento. É muito bom estar aqui.

 

Podes ver a exposição de James Parry na Vans da Rua Augusta até dia 26 de Maio.

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