Talento brasileiro está a 90%, mas confiante que estará presente na quarta etapa da WSL...
Tudo indica que Filipe Toledo está de volta ao World Tour já na etapa do Rio de Janeiro, o Oi Rio Pro, a quarta na agenda da WSL que tem lugar entre 10 e 21 de maio. O surfista brasileiro, que se lesionou em Snapper Rocks e saiu com um terceiro lugar da Gold Coast, viu-se forçado a não comparecer em Bells Beach e Margaret River em virtude da recuperação da lesão.
Em todo o caso, Toledo está quase recuperado a 100% e vai mesmo competir no Rio, frente a uma enorme multidão e fãs do surf que o viram o ano passado, neste mesmo evento, vencer a prova e levantar o tão ambicionado troféu da etapa ao dar aéreo atrás de aéreo.
A presente lesão do brasileiro foi na cartilagem que envolve a cabeça do fémur e também no músculo da coxa. Trata-se de uma lesão delicada que requer bastante atenção, caso contrário, a alternativa é uma cirurgia.
Apesar da recente polémica (aqui), o Oi Rio Pro 2016 continua com o palco principal montado nas areias do Postinho, no início da Barra da Tijuca, mas a grande novidade para este ano é a estrutura alternativa, que ficará instalada na Praia de Grumari, para receber a competição nos dias em que as melhores ondas se façam sentir por esta praia.
Os primeiros confrontos também já foram divulgados e indicam que Filipe Toledo vai competir com Conner Coffin, o norte-americano que fez sensação na perna australiana, e ainda o experiente australiano Adam Melling.
Confere os confrontos da ronda inaugural já de seguida, mas para ver o historial de todos os campeões da etapa basta clicar aqui.
H1: Filipe Toledo (BRA), Conner Coffin (EUA), Adam Melling (AUS)
H2: Gabriel Medina (BRA), Michel Bourez (TAH), Jack Freestone (AUS)
H3: Julian Wilson (AUS), Kanoa Igarashi (EUA), Alex Ribeiro (BRA)
H4: Italo Ferreira (BRA), Stu Kennedy (AUS), Leonardo Fioravanti (ITA)
H5: Matt Wilkinson (AUS), Kai Otton (AUS), wildcard
H6: Adriano de Souza (BRA), Davey Cathels (AUS), wildcard
H7: Nat Young (EUA), Josh Kerr (AUS), Ryan Callinan (AUS)
H8: Joel Parkinson (AUS), Kelly Slater (EUA), Alejo Muniz (BRA)
H9: Jordy Smith (AFR), Wiggolly Dantas (BRA), Matt Banting (AUS)
H10: Jeremy Flores (FRA), Adrian Buchan (AUS), Keanu Asing (HAV)
H11: Kolohe Andino (EUA), John John Florence (HAV), Jadson André (BRA)
H12: Sebastian Zietz (HAV), Caio Ibelli (BRA), Miguel Pupo (BRA)
H1: Sally Fitzgibbons (AUS), Bianca Buitendag (AFR), Laura Enever (AUS)
H2: Tatiana Weston-Webb (HAV), Malia Manuel (HAV), Keely Andrew (AUS)
H3: Courtney Conlogue (EUA), Bronte Macaulay (AUS), Silvana Lima (BRA)
H4: Tyler Wright (AUS), Nikki Van Dijk (AUS), Coco Ho (HAV)
H5: Carissa Moore (HAV), Sage Erickson (EUA), Chelsea Tuach (BRB)
H6: Stephanie Gilmore (AUS), Johanne Defay (FRA), Alessa Quizon (HAV)
Fica a conhecer um pouco mais da história da quarta etapa do WCT...
O Rio de Janeiro é um dos palcos mais tradicionais do circuito mundial de surf. Em 2016, entre 10 e 21 de maio, será o 26º ano que a capital carioca receberá uma das etapas válidas para o Samsung Galaxy World Surf League Championship Tour.
O primeiro circuito mundial, iniciado em 1976 pela extinta IPS (International Professional Surfers), foi realizado na época na Praia do Arpoador que era onde todos surfavam no Rio de Janeiro. Foi esse o primeiro palco a ser apresentado para o mundo.
Os surfistas locais Pepê Lopes e Daniel Friedman venceram as primeiras edições. Pepê também fez história quando se tornou o primeiro brasileiro a ser finalista do tradicional Pipeline Masters, no Havaí. Depois começou a praticar voo livre, foi campeão mundial na modalidade e acabou por falecer durante uma competição no Japão. Já Daniel Friedman continua envolvido no surf até hoje. É, aliás, o diretor de prova da etapa brasileira da World Surf League no Rio.
Depois das duas vitórias brasileiras nas primeiras edições, foram os australianos que dominaram o lugar mais alto do pódio até 1982, quando a entidade que organiza o circuito mundial mudou de nome, passando de IPS para a ASP (Association of Surfing Professionals); mais tarde, em 2015, passou chamar-se de World Surf League (WSL).
O Brasil ficou alguns anos de fora do calendário mundial, mas fez o regresso em 1986 com os saudosos Hang Loose Pro Contest, na Praia da Joaquina, em Florianópolis (Santa Catarina). A capital carioca só voltou a sediar etapas válidas para o World Tour em 1988, já na Barra da Tijuca, onde ficou por catorze anos consecutivos, até 2001.
Durante este período, o maior ídolo do desporto de todos os tempos, Kelly Slater, confirmou o primeiro dos seus onze títulos mundiais no Brasil, em 1992. O aussie Mark Occhilupo, em 1999, e o havaiano Sunny Garcia, em 2000, também garantiram os seus únicos troféus de melhor surfista do mundo no Brasil, antes das etapas finais disputadas no Havai. Mais recentemente, já no pico do Postinho, o australiano Joel Parkinson aproveitou para se destacar e conquistar o título mundial de 2012, o primeiro e único da carreira até ao momento, ao ficar no segundo lugar numa edição vencida brilhantemente pelo havaiano John John Florence.
Depois dos campeões Pepê Lopes e Daniel Friedman, o Brasil só voltou a vencer no Rio de Janeiro através de Flávio "Teco” Padaratz, em 1991, e Peterson Rosa, em 1998. No ano seguinte, foi a vez de Andrea Lopes se tornar a primeira surfista brasileira a ganhar uma etapa do CT. A capital carioca perdeu a etapa brasileira em 2002, quando foi realizada pela única vez na Praia de Itaúna, em Saquarema, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro.
Em 2003, a prova voltou a mudar para Santa Catarina e só uma década mais tarde voltou a realizar-se na Barra da Tijuca. Em 2011, Adriano de Souza conquistou o troféu para delírio dos fãs e quase o voltou a fazer em 2013, perdendo apenas para um endiabrado Jordy Smith.
As restantes etapas, disputadas no Postinho, foram vencidas pelo havaiano John John Florence (2012) e o taitiano Michel Bourez (2014). No ano passado, como os nossos leitores bem se recordam, foi Filipe Toledo quem venceu. Aliás, como uma atuação de se lhe tirar o chapéu, simplesmente sensacional e lotou a praia por completo por altura das finais.
Este ano a prova tem estado envolvida em algumas polémicas que se prendem com a atribuição de wildcards e a poluição das águas, mas vai mesmo acontecer. Por isso, mantém-te sintonizado para mais novidades.
CAMPEÕES DA ETAPA BRASILEIRA NO RIO DE JANEIRO
WSL 2015 - Filipe Toledo (BRA) - Postinho da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 2014 - Michel Bourez (TAH) - Postinho da Barra da Tijuca - Rio de Janeiro (RJ)
WCT 2013 - Jordy Smith (AFR) - Postinho da Barra da Tijuca - Rio de Janeiro (RJ)
WCT 2012 - John John Florence (HAV) - Postinho da Barra e Arpoador - Rio de Janeiro (RJ)
WCT 2011 - Adriano de Souza (BRA) - Barra da Tijuca e Arpoador - Rio de Janeiro (RJ)
WCT 2002 - Taj Burrow (AUS) - Praia de Itaúna, Saquarema (RJ)
WCT 2001 - Trent Munro (AUS) - Móvel no Rio de Janeiro e finais no Arpoador (RJ)
WCT 2000 - Kalani Robb (HAV) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 1999 - Taj Burrow (AUS) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 1998 - Peterson Rosa (BRA) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 1997 - Kelly Slater (EUA) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 1996 - Taylor Knox (EUA) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 1995 - Barton Lynch (AUS) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 1994 - Shane Powell (AUS) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 1993 - Dave Macaulay (AUS) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 1992 - Damien Hardman (AUS) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
ASP 1991 - Flávio Padaratz (BRA) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
ASP 1990 - Brad Gerlach (EUA) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
ASP 1989 - Dave Macaulay (AUS) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
ASP 1988 - Dave Macaulay (AUS) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
IPS 1982 - Terry Richardson (AUS) - Praia do Arpoador, Rio de Janeiro (RJ)
IPS 1981 - Cheyne Horan (AUS) - Arpoador e Prainha, Rio de Janeiro (RJ)
IPS 1980 - Joey Buran (EUA) - Praia do Arpoador, Rio de Janeiro (RJ)
IPS 1978 - Cheyne Horan (AUS) - Praia do Arpoador, Rio de Janeiro (RJ)
IPS 1977 - Daniel Friedman (BRA) - Praia do Arpoador, Rio de Janeiro (RJ)
IPS 1976 - Pepê Lopes (BRA) - Praia do Arpoador, Rio de Janeiro (RJ)
CAMPEÃS DAS ETAPAS FEMININAS DO MUNDIAL DE SURF NO RIO DE JANEIRO
WSL 2015 - Courtney Conlogue (EUA) - Postinho da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 2014 - Sally Fitzgibbons (AUS) - Postinho da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 2013 - Tyler Wright (AUS) - Postinho da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 2012 - Sally Fitzgibbons (AUS) - Postinho da Barra e Arpoador, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 2011 - Carissa Moore (HAV) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 2008 - Melanie Bartels (HAV) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 1999 - Andréa Lopes (BRA) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 1998 - Pauline Menzer (AUS) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 1997 - Pauline Menczer (AUS) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 1994 - Pauline Menczer (AUS) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 1993 - Neridah Falconer (AUS) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
WCT 1992 - Wendy Botha (AFR) - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
IPS 1977 - Margo Oberg (AUS) - Praia de Ipanema, Rio de Janeiro (RJ)
A poluição das águas e o vírus Zika está a colocar os surfistas de sobreaviso…
Esta WSL e os surfistas da elite que compõem o World Tour não estão para brincadeiras. Depois de há dias ter surgido o rumor, com algum fundamento, de que a perna australiana irá sofrer um corte de três para duas etapas já em 2017 (ler mais aqui), eis que hoje é o Oi Rio Pro, a quarta etapa do tour, que se realiza no Rio de Janeiro, que conquista toda a atenção.
“Eu penso que todos sabem que se tivermos mais um ano no Rio com ondas medianas e os atletas a ficarem doentes, muito provavelmente o evento não tornará a realizar-se. Não é preciso ser um cientista espacial para descobrir isso. Se não apanharmos boas ondas, penso que vamos procurar outros locais no futuro”, disse Adrian ‘Ace’ Buchan à Stab Magazine.
Um facto importante a ter em conta é que Ace é o representante dos surfistas no tour. No entanto, o problema, ou a medida a tomar, não parece residir apenas na qualidade das ondas. De acordo com o australiano, cerca de uma dúzia de competidores ficou doente nos meses que se seguiram. Dois deles até acabaram hospitalizados com sérios problemas no estômago.
Em causa está a qualidade das águas nas praias do Rio de Janeiro e também o vírus Zika que também obriga a algumas medidas adicionais para os atletas. Para já, corre o rumor de que alguns surfistas, como Kelly Slater e Joel Parkinson, entre outros, estão a pensar não correr a etapa devido a todos estes problemas, o que, a verificar-se, terá sérias consequências para a WSL uma vez que esta é uma das mais mediáticas etapas do WT.
A organização procura agora alternativas e formas de lidar com o problema da poluição, assegurando para já que a prova mudará para o sul do Rio, numa zona segura, a cerca de 30 minutos da atual localização, caso haja problemas com a qualidade da água.
O Oi Rio Pro tem lugar de 10 a 21 de maio e o campeão em título é o “air showman” Filipe Toledo. Fica sintonizado para mais novidades, mas, entretanto, confere as baterias da ronda 1:
H1: Filipe Toledo (BRA), Conner Coffin (EUA) e Adam Melling (AUS)
H2: Gabriel Medina (BRA), Michel Bourez (PLF) e Jack Freestone (AUS)
H3: Julian Wilson (AUS), Kanoa Igarashi (EUA) e Alex Ribeiro (BRA)
H4: Italo Ferreira (BRA), Stuart Kennedy (AUS) e Leonardo Fioravanti (ITA)
H5: Matt Wilkinson (AUS), Kai Otton (AUS) e convidado
H6: Adriano de Souza (BRA), Davey Cathels (AUS) e convidado
H7: Nat Young (EUA), Josh Kerr (AUS) e Ryan Callinan (AUS)
H8: Joel Parkinson (AUS), Kelly Slater (EUA) e Alejo Muniz (BRA)
H9: Jordy Smith (AFR), Wiggolly Dantas (BRA) e Matt Banting (AUS)
H10: Jeremy Flores (FRA), Adrian Buchan (AUS) e Keanu Asing (HAV)
H11: Kolohe Andino (EUA), John John Florence (HAV) e Jadson André (BRA)
H12: Sebastian Zietz (HAV), Caio Ibelli (BRA) e Miguel Pupo (BRA)
Em causa está o processo de atribuição de wildcards para a divisão masculina…
O Oi Rio Pro é a quarta etapa do World Tour da WSL e só tem lugar em maio, entre os dias 10 e 21, na Barra, Rio de Janeiro. No entanto, a polémica já se instalou em torno do evento internacional brasileiro.
O motivo é a atribuição dos wildcards que este ano mudou de formato, depois de nove anos, e já não será entregue ao campeão brasileiro. Ora, Bino Lopes, que é o campeão profissional em título (ver mais aqui) não gostou da medida e já reclamou junto da organização brasileira - e na praça pública -, fazendo muita tinta rolar pela media sempre atenta do surf brasileiro.
Na verdade são dois os wildcards atribuídos a surfistas brasileiros todos os anos, através da Federação de Surf do Estado do Rio de Janeiro, mas este ano dezasseis surfistas terão que competir entre eles, num evento de triagens, para conseguir uma vaga para o “main event”.
Como é óbvio, Bino Lopes é um dos presentes nas triagens, mas a ele juntam-se os seis melhores classificados do Circuito do Estado do Rio de Janeiro, os quatro melhores cariocas no Circuito Brasileiro, os três melhores cariocas no ranking da Qualifying Series e ainda dois surfistas que serão indicados pelas associações da Barra da Tijuca e de Grumari que estão associadas à realização do CT canarinho.
Entretanto, a polémica passa ao lado da divisão feminina e os responsáveis do Oi Rio Pro já fizeram saber que o wildcard será atribuído a Silvana Lima, surfista brasileira que em 2015 fez parte do Women’s World Tour.
Sobre a polémica, o brasileiro Renato Hickel, que faz parte da World Surf League, comentou: "Em relação aos wildcards, eles são ambos da WSL. No caso do Brasil, sempre demos uma das vagas ao evento. O evento faz o que quer com essa vaga. No caso do Rio, a vaga foi dada para a FESERJ e eles decidiram pela triagem. Não cabe à WSL julgar se essa escolha foi justa ou não. A outra vaga é da WSL e o comissário da entidade (Kieren Perrow) a utiliza como achar mais justo. No ano passado ela foi dada ao atleta número 1 do QS depois do então evento de Saquarema, Alex Ribeiro, hoje no Tour. Poderia ter sido um surfista estrangeiro nessa posição (em vez de Alex). Só para ilustrar, já demos essa vaga a Wiggolly (Fiji) e a Alejo (Margaret River), em eventos realizados fora do Brasil. Recentemente, demos uma vaga no evento de Bells a Mason Ho, um sufista havaiano, e em Margaret River a um surfista da Itália, Leonardo Fioravanti. Portanto, acho perfeitamente normal darmos essa vaga a um surfista estrangeiro também no evento do Brasil (se vier a ser o caso). Não podemos esquecer que esse é um evento do Circuito Mundial e queremos os melhores surfistas do mundo nele."
Programa de TV brasileiro mostra momentos hilariantes com a apresentadora ‘Panicat’ Aline a entrevistar Slater, Medina e Toledo.