O ARROJAMENTO DA BALEIA NA PAREDE QUE NINGUÉM RETIRA DA PRAIA

Foi no passado sábado, 9 de janeiro, pela tarde, que um cetáceo arrojou na Praia da Parede, em plena Marginal de Cascais...

 

Foi no passado sábado, 9 de janeiro, pela tarde, que um cetáceo arrojou na Praia da Parede (Praia das Avencas), em plena Marginal de Cascais.

 

Segundo vários testemunhos, trata-se de uma Baleia de Barbas (Rorqual; Género Balaenoptera) com cerca de 10-12 metros de comprimento que estaria morta há poucos dias. A jovem fêmea apresentava algumas dentadas/lesões no pedúnculo caudal (zona dorsal) o que dá para perceber que já se encontrava com problemas e assim mais exposta a predadores.

 

O arrojamento deve-se às correntes, vento e ondulação neste local. Numa primeira fase o animal podia ter sido bloqueado na praia, através de cabos, podendo ter sido removido com máquinas na baixa-mar uma vez que os tecidos musculares ainda se encontravam rijos e a estrutura óssea intata com boa capacidade de reboque.

 

Infelizmente, ninguém tratou de o fazer e a baleia acabou por ir parar, numa primeira fase, em cima das rochas perto do Restaurante Sargo e mais tarde às pedras bem em frente ao Hospital de Sant’Ana.

 

Estranhamente, o cadáver do animal passou sábado, domingo e a manhã de segunda-feira à vista de todos sem que fosse removido do local, o que tem vindo a gerar alguma insatisfação por parte dos moradores uma vez que a decomposição, como se sabe, não faz qualquer pausa no seu processo e um forte mau cheiro já começa a dar sinal.

 

No meio de tudo isto, só resta mesmo questionar: onde fica a saúde pública?

 

Rorquais - Constituem o maior grupo das baleias de barbas com nove espécies extintas e dois géneros. Regra geral são espécies migratórias que viajam entre água quente no inverno para reprodução e águas frias de verão para alimentação. A palavra "rorqual" tem origem na palavra norueguesa rorhval, que significa ruga e o nome refere às várias dobras de pele, ou pregas na garganta, que se estendem desde a parte de baixo do maxilar até por de detrás das barbatanas. Estas pregas constituem uma vantagem podem proporcionam um aumento considerável de volume na cavidade bucal. São espécies muito comuns na nossa costa e em todo o Atlântico com alimentação à base de plâncton, sardinha e outras pequenas espécies de peixes.

 

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Nota: Notícia composta com informação e imagens de Miguel Lacerda.

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