Yolanda Hopkins é a grande vencedora do QS Rip Curl Pro Search Taghazout Bay

Yolanda sagra-se assim Campeã do Circuito Europeu de Qualificação...

 

A surfista Portuguesa derrotou na final a Francesa Pauline Ado.

 

Foi na praia de Anza beach em Marrocos que decorreu o ultimo dia de competição do QS Rip Curl Pro Search Taghazout Bay. As ondas estiveram ligeiramente mais pequenas do que no dia de ontem, com cerca de 1 metro nos sets.

As 3 Portuguesas que se encontravam já nas meias finais de prova estiveram em evidência nesta 1ª etapa do circuito europeu de qualificação 2023 da WSL.

Quem acabaria por se adaptar melhor às condições foi Yolanda Hopkins. A surfista Portuguesa encontrou a sua compatriota e campeã do mundo em titulo Kika Veseslko nas 1/2 finais tendo superado esta ultima. Já na final que foi renhida até ao ultimo segundo, Yolanda venceu a veterana Francesa Pauline Ado, sagrando-se assim Campeã do QS Rip Curl Pro Search Taghazout Bay, a 1ª etapa do circuito europeu de qualificação 2023.

 
 
Yolanda Hopkins fez um evento hiper consistente. Poullenot / WSL

 

 Manhã histórica para o surf feminino nacional, este domingo, em Taghazout, após o triunfo de Yolanda Hopkins no QS3000 marroquino, que foi a primeira prova do QS europeu no ano de 2023. 

 

Uma vitória que garantiu automaticamente a conquista do título europeu feminino por parte da surfista algarvia, a que se junta a qualificação para o circuito Challenger Series 2023, onde estarão em jogo as vagas para o circuito mundial de 2024 da World Surf League.

Num dia final com três portuguesas entre as quatro finalistas da prova marroquina, o primeiro heat do dia viu a francesa e ex-top mundial Pauline Ado vencer Carolina Mendes, com a antiga bicampeã nacional a terminar no 3.º posto do evento que contou simultaneamente para o ranking europeu e africano. Na bateria seguinte Yolanda venceu um duelo 100 por cento nacional frente a Kika Veselko, que também se juntou a Carol no 3.º posto final.

 

Francisca Veselko (POR) durante as Semi-Finais.  Damien Poullenot/WSL


O heat decisivo viu Pauline Ado arrancar a todo o gás, deixando Yolanda Hopkins numa posição delicada. Contudo, Yolanda fez valer o estatuto de líder do ranking europeu e respondeu com uma grande ponta final, operando a reviravolta já nas últimas ondas, com uma nota de 7 pontos, que lhe rendeu o triunfo por apenas 0,07 pontos de diferença – 13,40 contra 13,33 pontos.

Depois de ter vencido o QS3000 de Anglet, em França, e o QS1000 de Newquay, no Reino Unido, Yolanda Hopkins carimbou o terceiro triunfo na temporada de 2022/23, garantindo, assim, o título europeu de forma antecipada. Numa altura em que, segundo o calendário atual, apenas falta disputar o QS1000 da Costa de Caparica até final da temporada 2022/23, e com Yolanda a ter mais de 3000 pontos de vantagem sobre a francesa Pauline Ado, o título terá ficado já consumado, embora ainda falte a confirmação oficial da World Surf League. Yolanda sucede a Teresa Bonvalot como rainha do surf europeu.

Quem também surge em destaque no ranking é Kika Veselko, que manteve a 3.ª posição, enquanto Carolina Mendes subiu do 5.º para o 4.º posto da hierarquia europeia feminina. Com Yolanda Hopkins matematicamente já apurada para as Challenger Series 2023 e com Kika a também já ter vaga garantida, em virtude do recente título mundial júnior conquistado na Califórnia, Carol colocou-se em boa posição para se juntar às compatriotas neste importante circuito de qualificação para a elite do surf mundial. Nessas contas também estará Teresa Bonvalot, que garantiu uma vaga em virtude da classificação final no ranking de 2022, onde terminou no 6.º posto e a apenas um lugar de se qualificar para o World Tour feminino.



Carolina Mendes(POR) durante as Semi-Finais.  Damien Poullenot/WSL

 

 

Não há qualquer surfista masculino português no top 10 do ranking europeu:

 

Do lado masculino as contas estão mais complicadas, numa altura em que não há qualquer surfista português no top 10 do ranking europeu. Em Taghazout, onde o triunfo final sorriu ao francês Kauli Vaast, o melhor surfista nacional foi Joaquim Chaves no 9.º lugar, enquanto Frederico Morais terminou na 13.ª posição. À partida, restará apenas aos surfistas portugueses o QS3000 da Costa de Caparica, em Abril, para tentarem inverter esta situação.

Décima vitória seguida para as surfistas portuguesas:


O triunfo de Yolanda foi histórico pelas várias razões já enumeradas, mas há outro marco importante atingido pela surfista algarvia. A vitória em Taghazout corresponde ao décimo triunfo consecutivo de surfistas portuguesas no circuito QS europeu. Desde o pós-pandemia que apenas as surfistas portuguesas sabem o que é vencer no circuito europeu, registando-se somente pelo meio duas provas que não foram terminadas por falta de condições do mar - o Azores Pro, de Outubro do ano passado, e o Pro Anglet, em Agosto de 2021. O último sucesso de surfistas não portuguesas neste circuito remonta a Fevereiro de 2020, quando a francesa Pauline Ado venceu um QS1500 em Tenerife.

Ciclo de vitórias portuguesas no QS europeu:

Pro Tazghazout 2023 (Marrocos) – Yolanda Hopkins
Pro Anglet 2022 (França) – Yolanda Hopkins
Lacanau Pro 2022 (França) – Kika Veselko
Boardmasters Open 2022 (Reino Unido) – Yolanda Hopkins
Pantin Classic 2022 (Espanha) – Teresa Bonvalot
Caparica Surf Fest 2022 (Portugal) – Teresa Bonvalot
Pro Netanya 2022 (Israel) – Teresa Bonvalot
Azores Pro 2021 (Portugal) – Teresa Bonvalot
Pantin Classic 2021 (Espanha) – Carolina Mendes
Caparica Surf Fest 2021 (Portugal) – Teresa Bonvalot

 

Resultados final feminina:

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