Poluição com plástico ainda é pior do que pensávamos
É conhecido o problema com a poluição com plásticos nos oceanos. Mas, afinal, a situação ainda é pior, alerta um novo estudo na Nature.
De acordo com um novo estudo, os investigadores descobriram indícios de microplásticos ingeridos por animais das profundidades marinhas, como pepinos-do-mar ou caranguejos-eremitas.
A investigação foi levada a cabo por cientistas da Universidade ingleses nos Oceanos Atlântico e Índico e em profundidades entre 300m e os 1800m. Aí, encontraram na fauna residente, vestígios de microplásticos, como poliéster, acrílico e microfibras de nylon.
Laura Robinson, professora de geoquímica na Universidade de Bristol diz que estes dados são "um sinal de alarme para o facto de que a poluição do plástico chegou, verdadeiramente, aos locais mais remotos do planeta Terra".
Os microplásticos são omnipresentes no nosso quotidiano. Na nossa roupa fabricada com estas fibras, em produtos de limpeza, cosméticos ou de higiene (gel de banho, pasta de dentes). Desde o momento em que estes produtos entram nos esgotos e seguem para o mar, contaminam todo o ecossistema marinho, sabe-se agora, até milhares de quilómetros do ponto de origem.
Existe, todavia, esperança. EUA e Grã-Bretanha já proibiram a utilização de microplásticos na composição de alguns produtos. Resta saber o alcance e eficácia destas medidas.