A partir de hoje, o planeta Terra já está a viver com a delapidação das suas reservas naturais. Todos os anos, desde 1995, a organização ambiental não governamental, Global Footprint, apresenta as contas sobre a pegada ecológica da Humanidade, através de números oficiais das Nações Unidas.

A medição serve para analisar a exploração dos recursos naturais do planeta pelo ser humano, por comparação com a sua capacidade para se regenerar, renovar os recursos e absorver os resíduos. Este ano, a Global Footprint concluiu que, a partir de hoje, a exploração humana já ultrapassou a biocapacidade da Terra.

Os dados são preocupantes, até porque esta data chega cada vez mais cedo. Em 2005 o hmem começava a explorar as reservas do planeta em Setembro. Já em 1975, os recursos terminavam em Novembro.

A desflorestação, escassas reservas de água, poluição e o efeito de estufa são o preço que os seres humanos já estão a pagar pelo consumo implacável dos recursos terrestres. E a tendência é para piorar, a não ser que se tomem medidas efetivas e urgentes.

Em Dezembro, Paris vai receber a conferência mundial sobre as alterações climáticas, e Sebastian Winkler, vice-presidente da Global Footprint, afirmou que as eventuais medidas a serem tomadas nessa altura serão “determinantes para reduzir a pegada ecológica do homem”.

A forma como vivemos absorve e destrói tudo à nossa volta, e as emissões de carbono, bem como a indústria agro-pecuária (ver documentário 'The Cowspiracy'), são responsáveis por verdadeiros atentados ao meio ambiente, com todas as repercussões que, cada vez mais, são do domínio público.

De acordo com vários estudos, a continuar a este ritmo, em 2030 serão necessários os recursos gerados por dois planetas Terra para responder às necessidades dos seres humanos.

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