O surf está 'parado' em Reunião O surf está 'parado' em Reunião Foto: DR quarta-feira, 22 abril 2015 15:41

Federação Francesa de Surf toma posição sobre a morte de Elio Canestri

FFS apresenta factos concretos e avança com propostas para resolver a questão dos tubarões na Ilha da Reunião.

 

 

A Federação Francesa de Surf (FFS) reagiu à ‘crise dos tubarões’ na Ilha da Reunião, que ainda há poucos dias conheceu mais um episódio trágico, com a morte do jovem de apenas 13 anos, Elio Canestri, enquanto surfava. A FFS promete lutar pelo futuro do surf na ilha, que é um autêntico ‘viveiro’ de surfistas franceses, como Jeremy Flores.

 

“É inconcebível interromper a atividade do surf. Tem um papel muito importante na economia da ilha”, lê-se num comunicado de imprensa emitido pelo organismo. Poucos dias depois do trágico incidente, o presidente da FFS, Jean-Luc Arassus foi até à ilha para se reunir com as autoridades locais e representantes do Estado francês.

 

“Esperamos que a inteligência coletiva humana conseguia encontrar uma solução para esta situação que tem um impacto catastrófico nas atividades económicas da ilha, em particular no turismo e indústria de surf. De acordo com a FFS, em 2014 houve um decréscimo de turistas a rondar os 18% e o número de escolas de surf baixou de 17 para apenas uma, enquanto o número de federados baixou de 1600 em 2011 para 400 atualmente.

 

Para a FFS a solução passa por criar barreiras  e permitir a pesca a tubarões (tigre e touro), para equilibrar a sua população “por não se tratarem de espécies ameaçadas ou protegidas”. O comunicado (longo) avança com vários dados interessantes, sendo de destacar o facto de 50% dos ataques acontecerem num espaço de apenas 30 km. A FFS espera que o governo seja sensível a estes argumentos em prol do surf e do turismo local, e usa como exemplo o controlo populacional feito em países como a África do Sul e Austrália, bem como os sistemas de redes e alertas que têm sido usados nestes países.

 

O caso de Elio Canestri foi o 16º ataque desde 2011, o 7º mortal (cinco surfistas e dois banhistas).

 

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