WSL ADERE À NUMERAÇÃO FIXA PARA OS SURFISTAS DO TOUR
Pouco a pouco vão surgindo novidades na organização da WSL, mas não se esgotam nos ‘jerseys’ e estendem-se ao webcast.
Com a primeira etapa do Samsung World Championship Tour já em andamento na Austrália, vamos, aos poucos, dando conta de ‘pequenas’ alterações que a World Surf League vai paulatinamente implementando. Uma das que saltou mais à vista foi o facto de os surfistas do CT (masculino e feminino) terem números nas costas das lycras de competição.
À semelhança do que acontece em quase todos os desportos, os atletas vão passar a ter um número que se manterá ao longo de toda a época - escolhido pelo próprio. Para além de surgir na sequência da lógica da WSL em aproximar os fãs dos atletas e facilitar a sua identificação, esta medida poderá também ter implicações ao nível do marketing. No futuro, tal e qual como sucede noutros desportos mediáticos, poderá ser possível adquirir t-shirts ou lycras com o número do teu surfista preferido? Veremos.
E desde logo destacam-se algumas escolhas por parte dos surfistas. O número 11 de Kelly Slater não deixa grande margem para interrogações, por corresponder ao número e títulos mundiais que já conquistou, algo que os seus adversários poderão agora recordar em todos os heats. O campeão do mundo, Gabriel Medina, optou pelo número 10. Oriundo de um país apaixonado por futebol - onde a ‘camisa 10’ fica reservada historicamente para os futebolistas mais talentosos -, não deixa de ser ajustado ao surfista que neste momento ocupa o trono da WSL. Nas mulheres a ’10’ ficou para Carissa Moore.
Curiosamente ninguém tem o número 1, mas Adriano de Souza e Tyler Wright não tiveram problemas em escolher o 13, número associado muitas vezes ao azar. John John Florence optou pelo 12, quiçá por acreditar que um dia vai ultrapassar Kelly Slater no número de títulos?
Outros houve que optaram simplesmente pelo ano do seu nascimento, como Stephanie Gilmore (88), Joel Parkinson (81), ou Miguel Pupo (91), embora neste último caso a simbologia vá mais além e tenha contornos religiosos. Um dos salmos preferidos da Bíblia para Pupo é o 91: “Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio”. Se invertermos os números obtemos o 19, que foi a idade com que o brasileiro se qualificou para o Tour e o dia do seu aniversário.
O Webcast
Mas não se ficam por aqui as novidades. Como já poderás ter reparado, o webcast das provas que decorrem em Snapper Rocks deixou de estar a cargo do YouTube e passou a ser feito via Neulion, um web player que outros franchises como a NBA, NFL ou NHL utilizam para transmitir os seus jogos em direto, em serviços ‘pay-per-view’. Será este um indicador de que as transmissões dos eventos da WSL caminham nesse sentido? O tempo dirá, mas que sopram ventos de mudança, disso não sobram dúvidas.