O departamento de pesca da Austrália Ocidental disponibilizou um barco que estará “estacionado” em Margaret River para patrulhar as águas daquela região, com o objetivo de avistar tubarões, evitando assim possíveis ataques.

A embarcação estará disponível “sempre que se verificar a aproximação de um tubarão que seja considerado uma ameaça iminente, reduzindo assim, até três horas, o tempo de resposta”, lê-se num comunicado daquele governo. O anúncio foi feito pelo premier daquela região, Colin Barnett, que está a cumprir com o prometido, no que toca a esta matéria.

Mas apesar de a embarcação já estar disponível, ainda há-que ajustar alguns pontos, nomeadamente as directrizes de como se vai processar: quando chegará o barco a Margaret River e se os oficiais também estarão na embarcação.

Contudo, é sabido que todos os movimentos registados de tubarões devem ser reportados à polícia marítima, que por sua vez envia um SMS à polícia local, os únicos agentes autorizados a fechar as praias. O único problema é que toda esta costa não dispõe de rede móvel e por vezes a mensagem não chega ao destino. “Nem sequer faz sentido trazer o telemóvel para estas praias”, referiu Wayne Baddock, surfista local e mergulhador. “Na maior parte dos locais é uma luta para apanhar um pouco de rede e o problema é que às vezes envias 10 mensagens aos serviços de emergência”, continuou.

Uma opinião partilhada pelo ex-surfista profissional e shaper, Dave Macaulay, que afirmou não estar convencido, mas aplaude a decisão do governo de Barnett por pelo menos dar atenção ao assunto. “Não tenho certeza qual será a resposta, mas o que aconteceu na cidade de Esperance assustou toda a gente”, afirmou.

No início do mês de outubro, um jovem de 23 anos perdeu um braço e uma mão durante um ataque de um tubarão branco. A vítima foi atacada na praia de Wylie Bay, tendo sido assistido num hospital em Perth, capital do estado da Austrália Ocidental.

“Em última análise, as pessoas têm de ser responsáveis por si e tomar decisões igualmente responsáveis no que toca a entrar dentro de água. Quer seja em relação às condições de surf ou ao avistamento de tubarões”, retorquiu Colin Barnett.

Por Beatriz Silva