Um estudo realizado por investigadores de Portugal e de Espanha sobre o papel dos surfistas nos resgates nas costas dos dois países foi recentemente publicado na revista científica Heliyon. Entitulado Surfers as aquatic rescuers in Portugal and Spain: Characteristics of rescues and ressuciation knowledge, o estudo deve como objectivos analisar os resgates feitos por surfistas em Portugal e Espanha, o seu conhecimento sobre salvamentos e reanimações, e a sua percepção de comportamentos de risco no surf. 

Em Abril de 2020, a Surftotal divulgou o inquérito que esteve na base desta investigação, juntamente com uma entrevista a Joel de Oliveira, docente na Escola Superior de Educação do Politécnico do Porto e um dos autores do artigo, juntamente com Miguel Lorenzo-Martínez, Roberto Barcala-Furelos, Ana Catarina Queiroga e Alejandra Alonso-Calvete. O inquérito foi respondido por 2048 surfistas em Portugal e Espanha. 

O estudo indicou que 78.5% dos surfistas efectuaram pelo menos um resgate na vida, sendo que há uma relação entre os anos e o nível de surf e o número de resgates. 35.8% nunca frequentaram um curso de reanimação cardiorespiratória e 76.2% não tinham experiência como salva-vidas - a grande maioria dos surfistas não tinha o conhecimento essencial sobre salvamento e reanimação.

Este estudo sugere que o número de resgates realizados por surfistas portugueses e espanhóis tem relevância na redução de fatalidades nas costas portuguesa e espanhola, e evidencia o papel importante dos surfistas nos resgates nas praias destes dois países. 

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