A multinacional francesa solicitou em 5 de setembro uma licença de produção para operar dois grandes campos de gás na costa sul-africana. Operações de perfuração que, segundo as ONG,  "arriscam a destruição de um ecossistema marinho excepcional, refúgio de milhares de baleias, cachalotes, albatrozes, tartarugas, entre outros" . Podendo inclusive comprometer a pesca artesanal local.

 

A associação Bloom (para a proteção dos oceanos) e a ONG sul-africana The Green Connection lançaram um comunicado de imprensa onde referem:

 

"A TotalEnergies está prestes a investir três bilhões de dólares para lançar operações de perfuração em águas profundas da África do Sul, negligenciando os pescadores e biodiversidade local. É um lugar incrível do ponto de vista da biodiversidade, que está na rota de migração de baleias e cachalotes. Mas é um lugar onde também se encontram golfinhos, tartarugas e focas", defendeu Claire Nouvian , presidente da Bloom . Também leões marinhos, pinguins, albatrozes, corvos marinho e gansos-patola habitam a costa sul-africana.

 

 

 

 

 

 

"O caso Total é emblemático. Emblemático da renúncia do poder público face aos poderes privados. Emblemático no abandono do interesse geral em favor dos interesses privados. Emblemático do peso que damos ou não aos nossos princípios, à ecologia e justiça fiscal" denunciou, por sua vez, o eurodeputado Raphaël Glucksmann.

 

  

 

 

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