A janela abriu sexta-feira mas o call só foi efetivado esta terça-feira, dia 15 de fevereiro. Ambicionava-se que Sunset estivesse como é conhecido, as previsões apontaram e a WSL confiou. Mar pesado, a rondar os 3 metros, com vento em condições difíceis, é assim que se define o primeiro dia do Hurley Pro Sunset Beach.

O regresso do circuito masculino a Sunset trouxe algumas surpresas. E, numa onda oposta a Pipeline, assistiu-se a grandes diferenças de performance. O rookie Imaikalani deVault foi destaque e alcançou a melhor nota do primeiro dia nos últimos segundos, um 8.93 pontos num heat com dois carves e uma explosão na junção, embora já tivesse assumido a liderança. Atrás dropou Morgan Cibilic que ainda tentou corrigir a situação sobrepondo-se ao brasileiro Miguel Pupo, mas sem sucesso. O australiano que tinha voltado as atenções para si na temporada anterior, viu-se novamente a ser atirado para a ronda de repescagem.

Quem também se encontrou na ronda eliminatória foi Kelly Slater que vestia a lycra amarela, algo que não acontecia desde 2014. Barron Mamiya que tinha abandonado o Billabong Pro Pipeline após ser derrotado nos últimos minutos pelo 11x campeão mundial, teve a desforra. O havaiano preveniu-se nesta etapa e criou vantagem logo com as duas primeiras ondas. Conquistou um 5.67 pontos e um 5.73 pontos com batidas verticais, seguras e agressivas e depois foi tentando consolidar. Callum Robson também se livrou da segunda ronda e incluiu-se nos 32 melhores. Nas repescagens foi por pouco que Kelly Slater não foi ultrapassado por Koa Smith, o substituto de Kai Lenny que não compareceu alegando estar doente. Esta foi a primeira vez que Koa Smith vestiu uma lycra do Tour e conseguiu um 7.10 pontos. O seu backup de 5.67 pontos resultaram num somatório inferior ao do atual líder do ranking mundial, Kelly Slater. A ausência do big wave rider, conduziu Filipe Toledo e João Chianca à terceira ronda.

Kanoa Igarashi tornou o seu heat intenso, fez uso do seu rail e meteu-lhe pressão, arrancando um 7.33 pontos e um 8 pontos. Depois de garantir a liderança desde início, deixou a disputa pelo segundo lugar entre Lucca Mesinas e Caio Ibelli. Apesar da pouca diferença, o peruano esteve mais ativo e foi fazer companhia a Igarashi na caminhada para a terceira ronda.

Jonh Jonh Florence pôs a fluidez em ação e tentou tirar o melhor proveito das ondas. Na primeira onda fez dois carves com o rail bem enterrado mas não conseguiu aguentar-se na junção, o que resultou numa onda de 6.83 pontos. Assistiram-se a batidas ferozes no lip e ainda entubou. Aos 8 minutos já tinha traçado o final da bateria. Owen Wright foi fazendo frente à pressão das ondas e desenhava manobras limpas. No entanto, a 22 segundos do final da bateria, Ethan Ewing que estava a precisar de 4.72 pontos, atacou o lip e aguentou-se na junção, virando o heat e comprometendo a pontuação de Owen Wright que ficou com 9.84 pontos de somatório final face aos 11.20 pontos de Ethan. Wright deu por terminada a sua participação no campeonato depois de ter cometido uma interferência nas eliminatórias contra Billy Kemper e Morgan Cibilic.

Zeke Lau à semelhança de Jack Robinson confirmaram o favoritismo com scores elevados. E destacou-se ainda a performance do rookie Jake Marshall que alcançou um somatório final de 13.27 pontos.

O segundo colocado do ranking mundial, Seth Moniz, foi parar às eliminatórias e juntamente com Caio Ibelli, levantaram uma barreira a Miguel Pupo que se despediu precocemente do Hurley Pro Sunset Beach.

Por outro lado, o que Connor O’Leary deixou por fazer no primeiro round, frente a Frederico Morais e Leonardo Fioravanti, fez em dobro nas repescagens. Assim como Matthew McGillivray que conseguiram o melhor score final na segunda ronda, com uma onda na casa dos 7 pontos.

Na terceira round, o português Frederico Morais irá debater-se com o brasileiro Jadson André. Estima-se que hoje haja novamente ação em Sunset, isto porque embora o swell diminua em tamanho e consistência, permanece sólido.