Brasileiro Miguel Pupo é um dos que perdeu o patrocinador principal. Brasileiro Miguel Pupo é um dos que perdeu o patrocinador principal. Foto: WSL/Poullenot segunda-feira, 09 janeiro 2017 12:58

VIDA ESTÁ MAIS DIFÍCIL PARA OS RICOS E FAMOSOS

O ano novo trouxe mais algumas novidades no mercado das contratações… 

 

Ano vida vida nova. Diz-se por aí que as marcas de surf já não faturam como dantes, que o vestuário (surf wear) está em crise e que, como tal, a ordem do dia é adaptar, reduzir e investir o mínimo possível (ou dentro das novas possibilidades). 

 

Por isso, os primeiros dias do ano revelaram algumas surpresas que se juntam às que a Surftotal já tinha revelado anteriormente (ver links em rodapé). 

 

Ethan Ewing, que se qualificou recentemente para o World Tour (e venceu hoje o título mundial Pro Junior da WSL), garantiu até à data o melhor contrato da temporada entre a nova geração. O jovem australiano de apenas 17 anos renovou com a Billabong pela módica quantia de 500 mil dólares. A renovação na equipa da gigante da surfwear parece ser o principal tema nos dias que correm. 

 

Com o novo ano, Carissa Moore e Kolohe Andino, dois dos mais bem pagos surfistas da Championship Tour, viram os seus contratos terminaram com a Target, uma das maiores cadeias de lojas dos Estados Unidos. A parceria era muito lucrativa, por isso, é de esperar que os ganhos destes dois seja menor em 2017. 

 

Na casa da Hurley as coisas estão bravas. Com Julian Wilson, Kolohe Andino e Michel Bourez assegurados no top 10 da elite mundial para a próxima temporada, bem como o campeão mundial, John John Florence, cujo salário é bem chorudo; o contrato do brasileiro Miguel Pupo expirou e diz-se que não irá ser renovado. Com o mercado a mostrar-se meio instável, achar um novo patrocinador para preencher o “nose” da sua prancha não vai ser uma tarefa fácil para o surfista de São Paulo. 

 

O californiano Conner Coffin, de Santa Bárbara, safou a época com a presença na final em Portugal (juntamente com o colega de equipa JJF), conseguindo um 17.º lugar geral no final do ano. O norte-americano, de 23 anos, é uma das boas surpresas dos últimos anos, mas ainda assim tudo indica que não irá ficar na Hurley. Supostamente, Conner assinará antes do arranque do Tour na Gold Coast pela Rip Curl. 

 

O “grom” havaiano de 15 anos, Noah Beschen, filho de Shane, também foi dispensado pela Hurley, indo agora representar as cores da RVCA, juntando-se a um dos mais impressionantes teams da atualidade e onde constam Makua Rothman, Dustin Barca, Danny Fuller e Bruce Irons, entre outros. 

 

A sensação aussie Kyuss King, de 16 anos, trocou a Volcom pela Vans, mas isso acabou por beneficiar o também australiano Noa Deane, de 22 anos, que viu nesta mudança uma boa oportunidade para sair de vez da Rusty e firmar contrato com a Volcom. Diz-se que o contrato é válido por cinco temporadas e é mesmo o segundo mais alto entre a nova geração de surfistas australianos, logo atrás de Ethan Ewing.

 

Relativamente à Volcom, fala-se das saídas de Alex Gray e Dusty Payne, mas nada está ainda confirmado. Bede Durbidge, que regressou ao Tour em dezembro, saiu da Fox. Também se diz há uns tempos que Griffin Colapinto poderá sair da Billabong e ingressar na equipa da Quiksilver. O veterano Josh Kerr também foi apontado em tempos como reforço para a Quik, mas as recentes manutenções de Jeremy Flores e Kanoa Igarashi, juntamente com as qualificações de Leo Fioravanti e Connor O'Leary, mudaram por completo o cenário. O australiano, de 34 anos, saiu este ano da Rusty e encontra-se sem “main sponsor”. 

 

Na verdade, com alguma ginástica e contenção, é possível correr o World Tour sem um patrocinador principal. Já arranjar um “main sponsor”, aquele autocolante que tradicionalmente ilustra o bico das pranchas de surf, parece ser, cada vez mais, uma espécie de missão impossível nos dias que correm. 

 

>> LÊ TAMBÉM: 

OS CONTRATOS MILIONÁRIOS DA NOVA GERAÇÃO DO SURF

JOHN JOHN FLORENCE É O MAIS BEM PAGO DO PLANETA

 

 

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