John John Florence é o surfista mais bem pago do mundo. John John Florence é o surfista mais bem pago do mundo. Foto: Peter King/WSL terça-feira, 22 novembro 2016 15:03

OS CONTRATOS MILIONÁRIOS DA NOVA GERAÇÃO DO SURF

Confere os números do mundo do surf… 

 

Com o final da temporada da World Surf League à vista, e a troca habitual de sponsors e contratações prestes a ter lugar, são vários os atletas (ou os seus agentes) que voltam à ronda de negociações. Em cima da mesa, para uns, está a (re)negociação de melhores condições e plafonds mais avultados para a próxima época. Para outros, infelizmente, apenas a sobrevivência no mundo do surf. 

 

É a lei do mercado e da oferta. Quem está na berra e deu nas vistas ao longo da época é mais bem pago. Quem está avaliado por baixo, ou simplesmente contou com uma época mais discreta, recebe menos. 

 

O australiano Ethan Ewing, por exemplo, que venceu o circuito Pro Junior da região Australasia e se encontra em 4.º lugar na Qualifying Series, com 21.350 pontos e praticamente com os dois pés no World Tour 2017, é um dos nomes a ter em conta. 

 

Neste último ano, o miúdo passou praticamente de incógnito a uma das possíveis estrelas da elite mundial. Não é por menos, pois Ewing é uma das mais competentes máquinas competitivas que a Austrália produziu nos últimos anos - e diz quem conhece bem, que gosta de usar o rail com peso e medida certa. 

 

Apesar dos seus 17 anos e de ainda estar "em formação”, com muito ainda para provar, a subida ao escalão principal do surf já está a valer 500 mil dólares. Valor esse que, de acordo com a Stab Magazine, será pago pelo seu patrocinador principal, a Billabong, de forma a manter o “young gun” nas suas fileiras e assim garantir a renovação na equipa - o que faz sentido sabendo de antemão que Jack Freestone e Ryan Callinan se encontram no fio da navalha, em 29.º e 36.º lugares do WT, respetivamente. 

 

Fechar bons contratos com os “rookies” antes da entrada destes na big league é prática comum entre os gigantes do surf. Não foi muito comentado, mas, em 2010, Kolohe Andino selou acordo com a Nike por 10 anos. Entretanto, a Nike transferiu o foco do surf para a Hurley que irá honrar o acordo até 2020. Crê-se que o norte-americano tenha ganho uma pequena fortuna com o contrato. 

 

John John Florence, por sua vez, recebeu de bónus, pela conquista do título mundial, 1 milhão de dolares. O havaiano já era o surfista mais bem pago do mercado, mas é possível que veja a conta pessoal subir um pouco mais dado o sucesso do seu filme, a vitória no Eddie Aikau, a conquista do título mundial e ainda a possibilidade de fechar o ano com a Triple Crown nas mãos. Especula-se que o ordenado de John John rondasse os 3 milhões de dólares por ano, cerca de 8 mil dólares por dia. 

 

Na fofoca internacional fala-se ainda da mudança de Noa Deane da Rusty para a Volcom num contrato que abrange os próximos cinco anos. O regular footer australiano de 22 anos, natural de Coolangatta, é um dos free surfers mais espetaculares da atualidade e isso tem um preço. Não é por isso de estranhar que o acordo entre ambas as partes se traduza no segundo melhor entre a nova geração de surfistas, logo atrás de Ethan Ewing. 

 

A este nível, os patrocínios a surfistas são, quase sempre, uma despesa enorme de marketing, mas absolutamente necessária. No entanto, se uma empresa sente que não está a retirar proveito do seu atleta, ela simplesmente acaba por partir para a próxima “sensação" da lista. 

 

Rumores do momento: 

- Griffin Colapinto poderá ingressar na equipa da Quiksilver;

- Josh Kerr também é comentado para a Quiksilver, na categoria Waterman;

- A Fox vai deixar de trabalhar o segmento surf e isso leva a que Bede Durbidge, Keanu Asing e Damien Hobgood andem à procura de um novo sponsor principal. 

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