Ricardo Christie, com 26 anos, volta a colocar a Nova Zelândia no mapa do surf, ao tornar-se no segundo ‘kiwi’ a alcançar o Tour de elite - a (nova) World Surf League. O primeiro tinha sido Maz Quinn, que por lá andou na época de 2002, onde o melhor que conseguiu foi um 5º lugar no Quiksilver Pro na Gold Coast australiana.

Ricardo chega à WSL depois de terminar a época no WQS na 16ª posição e ficou precisamente com a última vaga disponível neste ranking. Considerando que os dez primeiros do ranking WQS é que conseguem a qualificação para o Tour de elite, houve seis atletas que ficaram à sua frente que competiram também no WCT e garantiram lá a sua requalificação, não entrando assim para estas contas.

Enquanto todo o Brasil torcia por Alejo Muniz nos heats contra Kelly Slater ou Mick Fanning, Ricardo rezava que o brasileiro não vencesse o Pipe Masters, o que a acontecer manteria Alejo no Tour, e deixaria Ricardo de fora.  Valeu Adrian Buchan, que eliminou Muniz e deixou Christie a respirar de alívio. “Foram as duas semanas mais longas da minha vida. É muito difícil sentir a que as coisas não estão nas tuas mãos”, comentou Christie, já com os olhos postos na próxima época. “Foi um longo caminho, mas estou feliz de subir de nível, agora tenho de começar de novo e preparar-me para um grande ano em 2015”.

Os resultados decisivos para a qualificação de Ricardo Christie aconteceram no Azores Pro, onde foi 3º, em Saquarema (Brasil), terminou em 5º, e o 9º lugar no Vans World Cup of Surfing, no Havai. O atleta - regular - é patrocinado pela RVCA, e sente-se confortável acima do lip e no surf de rail.