Câmaras da Surftotal poderão vir a testar sistema de inteligência artificial para detetar correntes perigosas
O sistema ainda não está ativo...
Foi desenvolvida por um surfista e engenheiro português (licenciado em Engenharia Aeroespacial pelo Técnico Lisboa- IST), Ricardo Santana, uma tecnologia que funciona através de inteligência artificial e que permite identificar as correntes do oceano que poderão ser perigosas para todos aqueles que estão a usufruir do que o mar oferece. Este sistema permite saber, através de câmaras, onde se localizam os perigos perto da costa, evitando o perigo quer para banhistas, quer para desportistas náuticos.
Assim que este sistema estiver ativo, esta tecnologia poderá ser testada nas câmaras da Surftotal.
Em conversa com Ricardo Santana Head do projecto este diz em relação à possivel parceria com a Surftotal:
"irei considerar a vossa proposta mas parece-me interessante, no entanto necessitarei de algum tempo para adicionar a robustez necessária ao software e delinear os próximos passos do projeto.... e continua... Talvez seja até possível adicionar uma feature que permita que a câmara se mova livremente, irei trabalhar nisso nas próximas semanas..."
São vários os casos, anualmente, de acidentes por conta destas correntes oceânicas. Ainda há poucos dias, chegou-nos o relato da atleta Beatriz Costa que ajudou um surfista menos experiente a salvar-se de uma corrente forte no norte do país.
Na maior parte das vezes, estas correntes não são visíveis por desportistas aquáticos menos experientes ou por banhistas e a maioria das pessoas não sabe como deve evitar estas situações perigosas e salvar-se quando tais acontecem.
Este sistema movido por inteligência artificial sistema foi treinado em amostras positivas e negativas de imagens de corrente capturadas por satélite, aprendendo a prever os recursos para classificar e localizar as correntes que poderão ser perigosas, bem como os humanos e emitir sinais de alerta se se encontrarem perto.
No futuro, o sistema de detecção de correntes perigosas poderá estar disponível e instalado em comunidades costeiras, bem como piscinas, piscinas de ondas, lagos, rios, entre outros locais.
Ricardo Santana está, atualmente, a tirar o mestrado em engenharia aeroespacial na Delft University of Technology, na Holanda e vai concentrar-se em melhorar a confiabilidade da tecnologia de detecção de correntes oceânicas e adicionar recursos extras que podem melhorar os níveis de segurança da água e da praia e reduzir as mortes por afogamento.
Pode aceder aqui às câmaras da surftotal