ROOKIES NO CT2017: EZEKIEL LAU
A hora e a vez do guerreiro havaiano...
A reta final do Circuito Mundial de Qualificação (WSQ) da World Surf League foi uma árdua batalha entre mais de quarenta surfistas. O português Frederico Morais foi um dos que garantiu a qualificação à divisão principal do surf mundial, tal como três australianos, um italiano, dois franceses, um havaiano e dois brasileiros. (Vê a lista final aqui)
Desta forma, ao longo dos próximos dias, a Surftotal vai apresentar-te, um a um, os sete “rookies” do CT 2017. O primeiro que apresentámos foi o francês Joan Duru, seguiu-se o australiano Ethan Ewing e o brasileiro Ian Gouveia. Agora é a vez de Ezekiel Lau, o havaiano que promete dar que falar.
Ezekiel “Zeke" Lau, 23 anos, é um verdadeiro guerreiro havaiano. A sua abordagem é poderosa, bem típica dos surfistas das ilhas do Pacífico. É um atleta que faz lembrar Sunny Garcia, mas definitivamente com um “upgrade” moldado ao século XXI. Com uma carreira júnior bem preenchida e recheada de resultados, cedo foi vaticinado - pela media e comunidade do surf - como um dos miúdos que chegaria ao CT. Entre lesões e mudanças de patrocinadores, Zeke teve que se adaptar e quase começar a longa caminhada do zero.
Zeke é um surfista ágil e fluido, que treina religiosamente todos os dias e se adapta muito bem a eventos com ondas poderosas - tal como Sunny, Irons e até outros surfistas de renome do Havai. As tatuagens que abundam no seu corpo ajudam a esconder a sua calma e relaxada presença, bem como o "espírito aloha” que veste na perfeição como manda a tradição.
Desde 2011 que tem vindo a competir na Qualifying Series e nos últimos três anos andou sempre bem próximo da qualificação à divisão-mor. No entanto, por muito pouco, falhou sempre o objetivo. Até dezembro de 2016 que, embora não estivesse na situação mais favorável, viu os seus principais concorrentes caírem, um a um, na derradeira etapa em Pipeline.
Um dos colegas de equipa na Quiksilver, Kanoa Igarashi, acabou por dar uma mãozinha e garantir a presença do havaiano no World Championship Tour em 2017. É um dos três surfistas havaianos que vai ter a honra de competir ao mais alto nível, e, por esse motivo, carrega a bandeira do Havai e sobre ele recai um enorme responsabilidade.
Dele se esperam grandes coisas, nomeadamente em ondas de destaque como Fiji, Teahupoo e, claro, Sua Majestade Pipeline onde surfa desde miúdo e conhece como a palma da sua mão. A manutenção não deve ser um problema, mas nestas coisas de surf nunca se sabe, até porque a temporada é muito longa.
Os seus melhores resultados este último ano foram um 3.º lugar no Ballito Pro (QS10000), um 2.º lugar no Azores Airlines Pro (QS6000), um 7.º lugar na Vans World Cup (QS10000), um 9.º lugar no Maitland & Port Stephens Toyota Pro (QS6000)e um 33.º lugar no Hawaiian Pro (QS10000). Zeke conseguiu ainda um 5.º no Komune Bali Pro (QS1000), realizado em Keramas, mas acabou por não entrar nos cinco melhores resultados/pontuações.
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