Ondas doentias e momentos insanos na ordem de preferência. Ondas doentias e momentos insanos na ordem de preferência. Foto: DR quarta-feira, 11 janeiro 2017 16:36

OS 7 MELHORES EVENTOS DE 2016

Slabs, ondas gigantes e a perfeição do surf são os principais factores de escolha… 

 

A passagem para o novo ano só ocorreu há apenas 11 dias, portanto, é muito natural que ainda estejamos a pensar no que se passou ao longo de 2016. Hoje, enquanto relíamos os 10+ Importantes Acontecimentos do Surf em 2016, tivemos um vislumbre daquilo que poderemos chamar de os melhores eventos da temporada passada. 

 

Pensámos apenas: "Quais foram as provas mais espetaculares?”

 

Na calha, quase instantaneamente, caíram os nomes de Waimea Bay, as Mentawai, Cloudbreak, Padang Padang, Ours, Jaws e, claro, para fechar em beleza, a cereja no topo do bolo, Sua Majestade a Praia do Norte. São sete os campeonatos que marcaram verdadeiramente. 

 

Curioso é o facto de que, da lista elaborada, apenas uma etapa (Fiji) pertence ao World Championship Tour, o que demonstra que o circuito mundial da WSL, apesar de cativar cada vez mais, teve efetivamente um défice na qualidade das ondas apresentadas. O contraponto é feito pelo Big Wave Tour que apresenta duas provas: Peahi Challenge e Nazaré Challenge. 

 

Não são definitivamente os eventos que apresentaram o nível de surf mais elevado, mas foram os mais espetaculares. Sem qualquer ordem específica, eis então os 7 eventos que não deves perder por nada este ano: 

 

PE’AHI CHALLENGE 

Em novembro, o havaiano Billy Kemper venceu esta prova pelo segundo ano em ondas de 10 metros. Numa final de luxo, Kemper impôs-se ao norte-americano Greg Long e ao sul-africano Grant “Twiggy” Baker que arrecadaram os segundo e terceiro lugares em Jaws, o emblemático spot havaiano que fica na ilha de Maui. O Pe'ahi Challenge ficou ainda marcada por ter realizado a primeira competição feminina de sempre em ondas grandes. Paige Alms, também do Havai, dominou por completo a final de 60 minutos, deixando a francesa Justine Dupont e a australiana Felicity Palmateer nos lugares seguintes. 

 

 

RIP CURL CUP PADANG PADANG

Estávamos no dia 2 de agosto quando a Rip Curl Cup em Padang Padang, Bali, teve lugar. A prova constou no calendário da WSL como evento especial e não é definitivamente o tipo de campeonato que vemos todos os dias. Há uma razão para surfistas como Mason Ho, Bruce Irons, Damien Hobgood e Clay Marzo, que são atletas de gabarito e que se destacam realmente em ondas tubulares, rejubilarem com o convite para uma prova destas caraterísticas. Para não fugir à norma, Padang Padang, a fantástica pérola da península de Bukit, voltou a fazer das suas e serviu alguns dos melhores surfistas locais e internacionais com ondas estupidamente clássicas. O grande vencedor, pela segunda vez, foi o indonésio Mega Semadhi. 

 

 

RED BULL CAPE FEAR

A edição 2016 do Red Bull Cape Fear, evento idealizado pelo australiano Mark Mathews, teve lugar em junho. A onda/slab australiana de Ours (ou Cape Fear), em Cape Solander, não desiludiu e durante dois dias debitou muita ação e, claro, INSANIDADE. Russell Bierke, jovem australiano de apenas 18 anos, não se intimidou com as ondas monstruosas que lhe foram dadas a provar e acabou por levar a melhor sobre a concorrência em ondas de +12 pés (4 metros plus). A WSL não sancionou o evento e, portanto, este contou apenas com presenças de riders australianos (Ryan Hipwood, James Adams e Koby Abberton, entre outros). Absolutamente épico, amigos. 

 

 

MENTAWAI PRO

Em abril, o australiano Chris Zaffis levou a melhor no Mentawai Pro presented by Rip Curl, o primeiro QS1000 da história a ter lugar nas afamadas ondas de Lance’s Right. Na final, Zaffis bateu a lenda local, Dede Suryana, em ondas incríveis de 4 a 6 pés. O aussie registou 19.25 pontos (em 20 possíveis) na última bateria, muito graças a uma onda de 9.55 pontos que encontrou a dois minutos de soar a buzina. Os locais, a organização e a própria WSL disseram que esta foi seguramente uma das melhores provas de sempre e que irá ficar para a memória. As palavras do campeão, na entrega de prémios, eram bem esclarecedoras: "Penso que nunca surfei ondas tão boas na minha vida."

 

 

FIJI PRO

Gabriel Medina venceu Matt Wilkinson na final do Fiji Pro, a quinta etapa do 2016 Samsung Galaxy WSL Championship Tour, disputada em ondas de dois a três metros (bem pesadotes) a 17 de junho. Depois de um início meio lento, Cloudbreak mostrou todo o seu potencial a partir da ronda 3 e até à final. O ponto alto do evento foi seguramente o heat que opôs Taj Burrow a John John Florence, no round 3, com ambos os surfistas a registrarem ondas de 8 e 9 pontos, um atrás do outro (JJF = 18.76; TB = 18.60). Muito provavelmente, o melhor heat de Taj no Tour ao longo dos 18 anos de carreira… e logo no evento de despedida. 

 

 

QUIKSILVER EM MEMÓRIA DE EDDIE AIKAU

Com a calma e destreza de um verdadeiro waterman havaiano, John John Florence levou a melhor na 31.ª edição do Quiksilver em memória de Eddie Aikau. Com esta vitória, em ondas de até 60 pés, o miúdo havaiano (agora também campeão mundial) trouxe para o surf um novo estilo e uma nova geração para o mundo das ondas grandes. Como recompensa pela atuação em Waimea Bay recebeu um cheque chorudo de 75 mil dólares, o prémio mais alto no panorama do big wave surfing. Nas contas finais, Florence, de 23 anos, superou o australiano Ross Clarke-Jones (2.º), o amigo Shane Dorian (3.º), o aussie Jamie Mitchell (4.º), Kelly Slater (5.º) e ainda o local Makua Rothman (6.º). Cerca de 25 mil pessoas assistiram à prova na praia a 26 de fevereiro. 

 

 

NAZARÉ CHALLENGE 

Quando já ninguém acreditava que ainda pudesse ter lugar em 2016, eis que o Nazaré Challenge ficou “ON”. O dia 20 de dezembro foi histórico naquela que foi a primeira prova portuguesa do Big Wave Tour da World Surf League. Foi uma jornada e peras, quer para quem esteve envolvido diretamente na prova, mas também para quem pôde seguir o desenrolar da ação. No final, foi o australiano Jamie Mitchell, de 39 anos, quem dominou e acabou por levantar a taça de vencedor. Nesta edição inaugural do BWT português, João de Macedo foi terceiro classificado e voltou a mostrar - em grande estilo - que Portugal não só tem ondas como riders de “big cojones". 

 

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