Darrell Blatchley junto ao animal que autopsiou nas Filipinas. Darrell Blatchley junto ao animal que autopsiou nas Filipinas. Foto: DR quinta-feira, 23 agosto 2018 09:14

Tubarão-baleia dá à costa morto com embalagens de plástico no estômago

Aconteceu nas Filipinas… 

 

“Nos últimos nove anos, fiz a autópsia de 60 baleias e golfinhos, inúmeras tartarugas, um tubarão-boca-grande e agora um tubarão-baleia. O que tinham todos, com exceção de 12, em comum? A humanidade causou a sua morte. Redes de pesca, arpões, pesca com dinamite e ingestão de plástico. Nada muda. Os artigos são partilhados. As pessoas reagem com emojis tristes, mas o lixo continua a ser deitado fora”, escreveu o biólogo Darrell Blatchley na sua conta do Facebook.

 

Este biólogo norte-americano realizou recentemente uma autópsia a um tubarão-baleia juvenil de 4,3 metros, que deu à costa perto da cidade de Tagum, nas Filipinas, e descobriu diversos resíduos de plástico alojados nas fendas branquiais e no aparelho digestivo do animal.

 

Os tubarões-baleia foram classificados pela UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza) como “espécie em perigo”, pois nos últimos 75 anos os seus números caíram mais de 50%. O biólogo acredita que foi a ingestão de artigos de plástico que terão causado a morte do tubarão: “Um copo grande de plástico e uma embalagem de gelatina obstruíam as suas guelras”. 

 

- Uma imagem que ajuda a responder à questão como vai o plástico parar aos oceanos!

 

Em 2016, este biólogo norte-americano também participou na autópsia de um cachalote juvenil de 12 metros, que deu à costa na ilha filipina de Samal, e, à semelhança do tubarão-baleia, também este continha várias peças de plástico no seu sistema digestivo. 

 

Este tipo de situações começa a ser cada vez mais recorrente. Já em junho deste ano a Surftotal denunciou o caso da baleia-piloto que morreu perto da Tailândia por ter ingerido 80 sacos de plástico

 

Filipinas, China, Indonésia, Vietname e Tailândia são responsáveis por cerca de 60% dos resíduos de plásticos que vão parar aos oceanos. 

 

É este o Mundo em que queremos viver? 

 

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