Equipas de limpeza concluíram ação esta manhã. Equipas de limpeza concluíram ação esta manhã. Foto: JN sexta-feira, 07 julho 2017 14:09

Avaria em caldeira lança três toneladas de nafta para mar de Peniche

Causa resultou na rutura no abastecimento de uma caldeira… 

 

De acordo com uma notícia avançada pelo Jornal de Notícias, uma rutura no abastecimento de uma caldeira de uma empresa provocou ontem o derrame de cerca de três toneladas fuelóleo para o mar de Peniche. A Capitania do Porto garantiu que a maior parte da nafta já foi recolhida.

 

"A escorrência de hidrocarbonatos foi detetada cerca das 13 horas de ontem [quinta-feira] junto à praia do Abalo, mas conseguimos identificar a fonte e foi estancada cerca das 14 horas", disse à Agência Lusa o comandante do Porto de Peniche, Marcos Augusto.

 

Ainda assim, o responsável pela Capitania estima que "cerca de três toneladas tenham sido derramadas para o domínio público hídrico", tendo causado "algumas manchas no mar" e o aparecimento, durante a tarde, de manchas de nafta na Praia do Abalo, um pequeno areal que fica a descoberto na baixa-mar e que é utilizado essencialmente por pescadores.

 

De acordo com Marcos Augusto, "cerca de um terço do areal foi limpo ao final do dia" através da brigada antipoluição da Polícia Marítima com o apoio da empresa responsável pelo derrame, a Plastimar, com sede na zona industrial de Peniche.

 

Já esta manhã foram concluídas as ações de limpeza no areal, com a nafta "recolhida em sacos que vão ser encaminhados para aterro" (e nós levantamos a questão: é a enterrar que se revolve o problema?), mantendo-se por limpar "uma zona de rochas, em arribas de difícil acesso", em relação à qual "a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) está a analisar que medidas podem ser tomadas, se a utilização de dispersantes ou se se aguarda que o mar faça a limpeza natural", acrescentou o comandante do porto.

 

O derrame de fuelóleo teve origem "no sistema de alimentação de uma caldeira "da empresa Plastimar, confirmou à Lusa o diretor geral Luís Carvalho, acrescentado que "logo que foi detetada a fuga foi cantonada”.

 

De acordo com a empresa, "na monitorização feita entre as oito e as nove horas da manhã não foi detetado qualquer problema", suspeitando-se que a fuga tenha acontecido "a meio da manhã”.

 

Luís Carvalho adiantou ainda que, após reunião com a Polícia Marítima, a empresa "disponibilizou meios no terreno para bombear e limpar os hidrocarbonetos no mar e no areal" e, segundo Marcos Augusto, "está também a colaborar no transporte dos sacos recolhidos para o aterro”.

 

A ocorrência já foi reportada ao Ministério Público para apurar a graduação da infração. A Plastimar tem sede na zona industrial de Peniche e produz plásticos expandidos, entre os quais poliestireno expandido, espuma de polipropeno, bioplásticos e materiais revestidos com silicatos.

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