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RIO WAIDA EM EXCLUSIVO SOBRE A VITÓRIA NO QUIKSILVER YOUNG GUNS
Numa final de luxo, foi o grom de Bali quem acabou se destacou e acabou por vencer…
O jovem atleta balinês integrou a final do Quiksilver Young Guns (N.R.: nova competição da Quiksilver que veio substituir o King of the Groms e se destina a surfistas entre os 13 e 17 anos; ler mais aqui) e, surpreendentemente, acabou por vencer.
Ninguém contesta o talento e o valor de Rio Waida, atualmente com 16 anos, mas alcançar o topo do pódio com os restantes oito finalistas internacionais (Marco Mignot, Sandon Whittaker, Cody Young, Malakai Martinez, Kyuss King, Samuel Pupo, Kael Walsh e Barron Mamiya), alguns deles já bem nossos conhecidos, acabou por ser um feito quase galáctico.
Atenta à situação, a Surftotal não perdeu tempo em entrar em contacto e disparou algumas questões na direção desta futura estrela do surf mundial. No fogo cruzado, eis então as respostas a ter em conta do pequeno surfista indonésio:
Sabemos que tens raízes japonesas. Podes contar-nos a tua história? Como te tornaste balinês e como começaste a surfar tão novo?
Rio Waida: O meu pai é oriundo de Java, mas vive em Bali. Quando era mais novo, eu e o meu pai costumávamos passar o dia inteiro na praia. Foi devido a isso que comecei a surfar tão novo.
Há três anos fizemos uma entrevista por vídeo na praia de Padma. Naquela altura ainda não sabias bem quais eram os teus objetivos no surf. Isso mudou?
RW: Sim, claro. Agora os meus objetivos passam por vencer na Qualifying Series, na ASC (Circuito de Surf da Ásia) e qualificar-me para o Championship Tour.
Apesar de ser uma praia de fundo de areia, Padma carrega algum misticismo. Por que é ela um sítio tão especial para todos os surfistas indonésios?
RW: Não sei bem o porquê, mas Padma é um dos melhores beach beaks em Bali. Há tantos fundos e sempre muitas ondas divertidas por lá.
Hoje em dia Bali tem muita gente, seja dentro ou fora de água. Já te habituaste a isso? Como analisas o desenvolvimento que está a ter lugar na ilha? Qua farias para mudar?
RW: Sim, Bali tem sempre muitas pessoas, mas eu na verdade não me preocupo com isso. Se eu pudesse, eu mudaria a questão do lixo, pois no início do ano havia muito lixo espalhado na praia. Se eu pudesse, gostaria que todos tivessem mais cuidado neste aspeto.
"Na verdade não quero saber do crowd, entro apenas na água
e apanho as ondas mais “deeper” que qualquer outro"
Na água, concordas que os surfistas locais ainda detêm alguma autoridade nos spots? Como lidas com o crowd?
RW: Na verdade não quero saber do crowd, entro apenas na água e apanho as ondas mais “deeper” que qualquer outro.
Conta-nos a importância de teres entrado na equipa Quiksilver?
RW: A Quiksilver sempre me apoiou e estou muito feliz por fazer parte da equipa. Estarei para sempre agradecido a eles…
O teu spot favorito?
RW: Canggu.
Quiver?
RW: Luke Studer surfboard, 5’5", round pin tail.
Manobra preferida? Porquê?
RW: O tubo, porque sempre que saímos dele proporciona-nos a melhor sensação do mundo.
Há algum surfista que te inspire especialmente?
RW: Sim, claro, Julian Wilson.
Última mensagem?
RW: Muito obrigado à Surftotal pela entrevista e ainda à minha família e todos os meus patrocinadores.