ADRIANO DE SOUZA: “GABRIEL É O CAMPEÃO MUNDIAL, PASSOU A SER A MINHA REFERÊNCIA”
Número 2 da World Surf League quer vencer em Peniche e voltar a vestir a camisola amarela…
Adriano de Souza encontra-se neste momento em segundo lugar no ranking da World Tour, a 450 pontos do topo da tabela. A duas etapas do final do circuito e com 20 mil pontos ainda por disputar, o surfista brasileiro quer vencer em Portugal, voltar a vestir a camisola amarela e no final do ano “levantar o caneco”.
A tarefa não se adivinha simples, mas o “Mineirinho” não é de desistir e promete dar tudo o que tem (e o que não tem) nas ondas de Peniche. Goza, porém, de uma vantagem perante a concorrência: está praticamente a competir em casa e os fãs portugueses estão definitivamente prontos a apoiá-lo.
Assim, aproveitando o final da animada e concorrida conferência de imprensa de ontem, conseguimos trocar algumas impressões durante mais ou menos dois minutos. Eis então o essencial dessa curta conversa:
Como é estar de volta a Portugal e ao Moche Rip Curl Pro?
Na verdade é sempre uma honra poder voltar a estar em Portugal e em Peniche. Este é um lugar de que gosto muito e sinto-me bem. A onda do campeonato, Supertubos, é bastante desafiadora e extremamente difícil de surfar.
Já venceste em Peniche, em 2011, frente a Kelly Slater. É um troféu a renovar?
Foi uma coisa boa o facto de ter vencido aqui há uns anos atrás. Isso dá-me a motivação certa para dar o meu melhor e, quem sabe, voltar a conquistar a vitória novamente e assim passar para a frente do ranking. O que posso garantir a todos é que vou fazer o meu melhor.
Depois de tantos anos a servir de modelo, como olhas agora para a talentosa nova geração de riders brasileiros?
Eu já não me sinto tanto como um modelo, porque esta geração que está a chegar agora está a superar todos os resultados que eu consegui nos últimos anos. Portanto, eu acho que eles é que estão a ser, neste momento, um bom exemplo para mim. É por isso que o que tenho vindo a fazer há algum tempo é também olhar para eles e, sabendo que o Gabriel [Medina] é o campeão mundial em título, ele passou a ser a minha referência.
É o tudo ou nada para o primeiro título mundial?
Com certeza! Este evento vai ser extremamente importante para as contas do ranking. No entanto, dependendo dos resultados alcançados pelos outros atletas, eu tenho que estar acima de tudo concentrado em fazer o meu trabalho.
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Fotografia: Pedro Pimenta (rosto) e WSL/Poullenot (ação).
Lê também como Mick Fanning pode alcançar o tetracampeonato em Peniche.