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VASCO MÓNICA, CONVERSAS ALENTEJANAS
"Façam o que gostam o divirtam-se ao fazê-lo!"
Atualmente a liderar o ranking de Esperanças Sub 14 está o surfista local de S. Torpes, Vasco Mónica! Com 14 anos de idade já conta com seis de surf e quatro de competição. O seu surf tem evoluído muito no último ano, o que se tem vindo a reflectir nos seus resultados. Actualmente a integrar a equipa O’Neill, Vasco confessa que Kikas é o surfista português que mais o inspira, e lá fora John John Florence por este ter um surf muito completo. No campo musical, o Rap é o seu estilo preferido tendo como artista de eleição 50 Cent. Fomos saber como se prepara para as competições, quais os seus horizontes e também sobre o surf do Alentejo. Fica com as suas palavras.
SurfTotal: Este ano estás a liderar a categoria Esperanças Sub 14, como têm corrido as provas?
Vasco Mónica: Olá! É verdade, este ano estou em primeiro lugar no ranking nacional sub-14, as provas no geral têm-me corrido bastante bem e como tal consegui ganhar 3 das 5 etapas realizadas até ao momento.
Como te estás a preparar para a última prova do calendário? Para a última do ano eu não tenho feito nenhum tipo de treino especial, apenas surfo todos os dias e vou tentando, juntamente com o meu treinador, melhorar os meus erros técnicos. Sem a ajuda dele todos estes resultados seriam completamente impossíveis.
Como vês o nível de surf da tua categoria? O nível de surf está bom em qualquer uma das categorias. No sub-14, o João é sem dúvida o atleta com quem tenho mais pica de competir e talvez por isso tenha evoluído tanto nos últimos tempos.
O que achas da onda de Sº Pedro do Estoril? A onda de S. Pedro do Estoril é para mim a etapa mais complicada, a onda é difícil de surfar e de ler. Também por ser a ultima etapa e a necessidade de conseguir um bom resultado seja tanta, que por vezes não consigo mostrar o surf que desejaria.
Falando agora das tuas aspirações, até onde queres que o surf te leve? Claro que adoraria um dia entrar para o WCT, mas não penso muito nisso, surfo porque gosto e vou vivendo a vida. Obrigado a marcas como a O’Neill e a Fonte Viva que me proporcionam estes sonhos e fazem os possíveis para os concretizar.
Tens acompanhado o circuito Nacional Open (Seniores), qual o surfista que mais te inspira? No nacional Open, o surfista que mais me inspira é sem dúvida o Kikas. Tem um surf power e ao mesmo tempo progressivo, o que tem vindo a dar frutos nos campeonatos lá fora.
E do circuito mundial? No circuito mundial tenho como surfista base o Jonh Jonh Florence. Sempre que o vejo a competir, ele está a competir para ele, não para os patrocínios nem para as revistas. Também pelo seu estilo diferente e pelos aéreos altíssimos.
Para ti, qual a onda que ainda não surfaste e gostarias de lá ir? Tenho imensas ondas que gostaria de ir, mas talvez Macarronis seja a que mais gostava no momento.
Qual foi a tua melhor viagem? Este ano estive na Nicarágua com a Selecção Nacional, todo o grupo estava com um surf incrível e apanhei altas ondas. Foi sem dúvida uma viagem para recordar.
Como está o surf no Alentejo? No Alentejo há surfistas muito bons e o nível está sempre a aumentar. O Manuel João, o Kalu, o Eduardo Oliveira, o Bruno Canotilho, o André Teixeira, o Tiago Silva e muitos outros são grandes surfistas, e embora não entrem em competições, têm todos um surf incrível.
Como vês a possibilidade do aumento do porto alterar as ondas abaixo de S. Torpes? Este aumento do porto é sem dúvida crucial para as ondas de S. Torpes. Até pode mudar por completo os fundos e aparecerem umas ondas boas em S. Torpes. Mas as ondulações de norte vão ficar cada vez mais protegidas e a ondulação vai baixar consecutivamente.
Vemos com frequência o teu pai a dar todo o apoio nas provas, como é para ti sentir a sua presença? É verdade, o meu pai acompanha-me imenso e filma-me sempre que pode no meu freesurf do dia-a-dia. Também tem o hábito de fazer-me acordar para a realidade e mostrar-me que os resultados não caem do céu, é preciso treinar,treinar,treinar.
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- Créditos fotos: José Mónica