SANTIAGO GRAÇA FALA-NOS DOS SEUS TREINOS NO HAVAI E AUSTRÁLIA

Santiago Graça está a treinar na Austrália após uma passagem pelo Havai que ficou marcada pela lesão do surfista na cabeça, no último dia de surf em Pipeline.

O surfista de Cascais, que se iniciou no surf pelas mãos do pai, Miguel Graça, com apenas 4 anos de idade, já conta com títulos impressionantes no seu curriculo, entre eles os que conquistou em 2016 em que foi campeão no Moche Groms by Saca na categoria sub-12, vice-campeão Grom Search, na mesma categoria e vice-campeão Volcom TCT Europa na categoria de sub-10.

O talento de Santiago não tem passado despercebido no mundo do surf o que lhe valeu, entre outros, o patrocínio da Volcom que recebeu o surfista na famosa casa da marca em Pipeline.

Numa entrevista exclusiva à surftotal, Santiago contou-nos como foi esta viagem de treino ao Havai e o que espera da atual viagem à Austrália.

 

Surftotal - Estiveste recentemente no Havai. Como foi este teu regresso, apanhaste boas ondas?

Santiago Graça - Tive muita sorte com as ondas, deu quase todos os dias Pipe e Backdoor no nosso ‘’quintal” e tive oportunidade de experimentar outras ondas como: V-land, Fredy-land, Tracks.

 

Recentemente publicaste na tua página de instagram uma lesão durante uma sessão de surf em Pipeline. Podes-nos falar um pouco sobre esse episódio e como foi a tua adaptação às condições extremas do primeiro reef?

A adaptação ao primeiro reef foi difícil, mas depois de muitas surfadas consegui adaptar-me.

A lesão aconteceu no último dia. O mar estava ótimo em Pipeline. Na minha quarta surfada do dia, e última da viagem em Pipeline, logo na primeira onda tentei um tubo e parti a prancha ao meio. Depois quando voltei com outra prancha e já estava lá fora veio um set com 2 metros com muito pouca água no reef. Quando ia a levar com ele, larguei a prancha e bati com a cabeça no reef e parti a cabeça. Felizmente quando vim ao de cima um local viu-me a sangrar e veio logo ajudar-me e chamou os “lifeguards” que me ajudaram muito.

 

Sentiste progressos no teu surf durante os teus treinos nas ondas do Havai?

Senti um progresso a nível de confiança com o mar e com ondas maiores com força e com reef. No surf senti que esta visita ao Havai foi muito boa para manobras diferentes e com mais força.

 

Santiago na companhia de John John / Fotografia arquivo pessoal

Como é a tua rotina quando estás em viagem?

A minha rotina é sempre: surfar, comer, surfar, comer, surfar e à noite dormir.

 

És patrocinado pela Volcom, o que te traz algumas vantagens no Havai. Como foi a tua estadia na casa da Volcom?

Tenho de agradecer muito à Volcom tanto pela estadia incrível em frente a Pipeline como pela forma que me recebem sempre no Havai que me faz sentir em casa.

 

A tua passagem pela Ilha não passou despercebida. Nos primeiros minutos de um recente vídeo da famosa série de Jamie O´Brien vimos-te ser dropinado pelo surfista havaiano quando ele bateu o record de maior número de manobras 360 em Pipeline. Não te importas de ser dropinado neste tipo de circunstancias ou ainda assim custa-te?

Não me importo, porque o que se vê nas câmeras não é tudo o que se passa dentro de água, tanto que na onda anterior o Jamie O’Brien deu-me uma onda ótima, e é dessa forma que se aprende a estar dentro de água e a ser respeitado.

 

Chegaste esta semana à Austrália, exactamente na mesma altura em que começou a primeira etapa do CT. Tencionas ver o campeonato?

Tenciono ver o campeonato, tanto para conviver com os melhores do mundo como para aprender com eles.

 

Quais são os teus planos para estes treinos na Austrália? Há alguma onda que estejas desejoso de surfar?

Aproveitar ao máximo, evoluir e divertir-me. Estou desejoso para voltar a surfar Kirra.

 

Quais são os teus principais objectivos para esta época competitiva?

Conseguir fazer o meu melhor para ganhar e divertir-me.

 

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