No Senegal, mulheres lutam pelo direito de surfar
Khadjou Sambe é a cara dessa luta.
O Senegal é um dos países cuja economia tem crescido mais rapidamente na África, e onde 40% dos membros do parlamento são mulheres – a maior percentagem da África Ocidental e uma das maiores do mundo. O país tem progredido no que toca à igualdade de género, através, por exemplo, do acesso à educação para a população feminina, mas ainda há muito caminho a percorrer – que o diga Khadjou Sambe.
Sambe foi a primeira senegalesa a tornar-se surfista profissional, contra a vontade da família, da população em geral, e dos surfistas com quem tem que partilhar as ondas. Está actualmente a treinar para se qualificar para os Jogos Olímpicos de 2024, depois de ter sido impedida de competir em 2018.
“Não desisto, porque estou a fazê-lo para a próxima geração”, diz Sambe. “Estou a fazê-lo pelas mulheres.”
Em conjunto com a Black Girls Surf, uma organização internacional que dá apoio a mulheres negras que sonham com uma carreira no surf, Khadjou Sambe quer garantir que a próxima geração de jovens senegalesas possa ambicionar uma vida no surf, livres de barreiras e de intimidações.
Khadjou Sambe e Rhonda Harper, fundadora da Black Girls Surf