O Açores Atlantis completou uma expedição de 15 dias pelas ilhas do Faial, Pico e São Jorge, transformando um veleiro de baixo impacto numa plataforma itinerante de aprendizagem ecológica e autoconhecimento. O projeto, desenvolvido pela Oceans and Flow, funcionou como um verdadeiro laboratório vivo, combinando mergulho livre, terapia aquática e dança com o mar, numa experiência que procura responder à crescente desconexão entre as pessoas, o ambiente e o próprio corpo.

A fundadora da Oceans and Flow, Violeta Lapa, sublinha que o objetivo passa por “ir além do turismo convencional, promovendo um modelo de turismo consciente e regenerativo, alinhado com a valorização do património natural e cultural dos Açores”.
Já o fotógrafo e membro da equipa, Gustavo Neves, alerta para “a quebra da capacidade de escuta e comunicação com o meio ambiente”, reforçando que a expedição mostrou “como a vida pode ser vivida com mais consciência através de escolhas diárias sustentáveis”.

Um método para comunicar com o meio ambiente:

Durante a viagem foram captadas mais de 17.000 fotografias, que retratam tanto a beleza natural do arquipélago como a transformação humana vivida a bordo. Entre outubro e dezembro, essas imagens serão partilhadas nos canais de Instagram Peregrinus Studio e Oceans and Flow.

A 22 de novembro, às 16h, a loja Maria Granel (Campo de Ourique, Lisboa) recebe uma conversa intimista com Violeta Lapa e Gustavo Neves sobre a expedição, seguindo-se a publicação de podcasts com histórias e reflexões da viagem.

Uma iniciativa que cresce desde 2016:

O Açores Atlantis, em desenvolvimento desde 2016, tem como missão criar experiências transformadoras em contexto marítimo, muitas delas inspiradas no próprio percurso de Violeta, que superou o medo do mar aos 35 anos e transformou a relação com a água numa vocação que já impactou centenas de pessoas.

A Oceans and Flow tem ainda um historial de programas educativos e expedições, incluindo o Programa Atlantis, desenvolvido em Sesimbra, que junta literacia oceânica, apneia, desenvolvimento humano e empoderamento de jovens.

Entre os projetos futuros estão:

• a criação de um Centro de Arte Aquática, Ecologia e Cidadania Ativa no Faial;

• uma iniciativa em São Tomé, co-criada com a comunidade local, para fortalecer projetos comunitários e sonhos coletivos.

Parceiros e contactos:

A expedição contou com o apoio da CARMA na monitorização e análise de média para decisões estratégicas.