Arrancou a construção do 1º parque de ondas artificial em Portugal — Surfers Cove abrirá em 2026 em Óbidos
O investimento de 25 milhões de euros posiciona o projeto como um dos mais ambiciosos a nível europeu
Portugal prepara-se para entrar de forma definitiva na nova era do surf global com a construção do SURFERS COVE, a primeira lagoa de ondas com tecnologia Wavegarden em solo nacional. A obra arrancou oficialmente esta semana em Óbidos, na região Oeste, e a inauguração está prevista para 2026.
O investimento de 25 milhões de euros posiciona o projeto como um dos mais ambiciosos a nível europeu, reforçando a reputação de Portugal como destino de eleição para a prática do surf — agora com ondas perfeitas 365 dias por ano.
Kanoa Igarashi entre os investidores
Um dos rostos mais entusiasmados com o projeto é Kanoa Igarashi, medalha de prata olímpica e atual número 3 do ranking mundial da WSL. Residente em Portugal, o surfista é também investidor no SURFERS COVE:
“A Wavegarden está a inovar o surf. Isto é o futuro da modalidade, e quando surgiu a oportunidade de integrar este projeto em Óbidos, não hesitei. Portugal é a minha segunda casa — e agora ficou ainda melhor”, declarou Kanoa.
Uma onda para todos os níveis — com baixíssimo impacto
A lagoa, equipada com um gerador de 46 módulos da Wavegarden Cove, poderá produzir até 1000 ondas por hora, com mais de 25 tipos diferentes — desde ondas suaves para iniciantes até tubos e secções potentes para surfistas avançados. Tudo isto com baixo consumo energético e de água, posicionando o parque como uma solução sustentável.
“SURFERS COVE será um lugar mágico”, afirma Fernando Odriozola, diretor comercial da Wavegarden. “Partilhando a costa com spots lendários como Supertubos, Ericeira e Nazaré, Óbidos ganha agora uma nova dimensão.”
Um verdadeiro centro de surf, lazer e desporto
Implantado numa área de cinco hectares, o SURFERS COVE incluirá:
56 unidades de alojamento,
restaurante, surf shop e escola de surf,
ginásio, área de wellness, pista de bicicletas,
skate park, courts de padel e beach tennis,
zonas verdes e espaços para eventos.
Com uma operação prevista de até 16 horas por dia, o parque irá empregar cerca de 50 pessoas diretamente e gerar uma receita anual estimada em 10 milhões de euros.
O projeto conta com o apoio do programa COMPETE 2030 e de fundos europeus, além de parcerias com nomes relevantes como Menlo Capital, Despomar, Marcelo Martins (Onda Pura Surf Center) e outros investidores privados.
Uma plataforma de treino e iniciação
Apesar da qualidade das ondas naturais na costa portuguesa, a instabilidade das condições meteorológicas e marítimas pode ser um entrave, especialmente para iniciantes e formação contínua. O SURFERS COVE pretende colmatar essa lacuna, sendo um complemento à prática no mar, oferecendo condições perfeitas e seguras para todos os níveis — dos miúdos em fase de iniciação aos atletas de alta performance.
“Este é um momento histórico, não só para nós como promotores, mas também para o turismo e para o desporto em Portugal”, afirmou Manuel Maria Vasconcelos, CEO do projeto.