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Afonso Antunes foi o ultimo resistente Luso na prova masculina do CS EDP Ericeira PRO
Yolanda Hopkins é agora a única atleta Portuguesa em prova...
No quarto dia do EDP Ericeira PRO presented by Estrella Galicia, 5.ª e penúltima etapa do Challenger Series, a praia de Ribeira d’Ilhas acolheu as melhores notas até ao momento e excelentes performances por parte dos surfistas em prova. O dia começou novamente com nevoeiro e por isso a competição arrancou pelas 11:00, com a realização apenas da prova masculina, sendo que já são conhecidos alguns dos surfistas que estão apurados para os oitavos de final.
Quanto aos portugueses em prova, hoje tivemos na água Frederico Morais e Afonso Antunes. Frederico acabaria por ficar na fase dos melhores 64 melhores surfistas, no heat 12, dominado por Lucca Mesinas. Já Afonso Antunes que passou com distinção a fase dos 64 melhores surfistas para a dos 32 melhores surfistas calhava no heat mais dificil do dia com 3 surfistas de elite.
Frederico Morais terminou a sua participação no EDP Ericeira PRO presented by Estrella Galicia alcançando um 49º lugar. O português que procura a requalificação para o World Tour até esteve em posição de seguir em frente a 10 minutos do fim, mas Lucca Mesinas acabou por subir à liderança do heat, empurrando Kikas para o 3.º lugar. Numa bateria equilibrada, a 4 minutos do fim, e a precisar de uma onda acima de 7 pontos para seguir para o round 3, o surfista do Guincho conseguiu apenas 5,17, e com 5 ondas surfadas, terminou a prova com um score total de 9,67 pontos (5,17 pontos + 4,50). Com este resultado, Frederico Morais terá agora de depender de terceiros, mas ainda a contar com a última etapa do Challenger Series, em Saquarema, no Brasil, a partir de 12 de outubro para tentar subir no ranking.
Na 3.ª ronda foi a vez de Afonso Antunes, que termina a prova no 17.º lugar. O surfista de 21 anos teve a árdua tarefa de ter pela frente o ex-medalha de prata em Tóquio e apaixonado pela Ericeira Kanoa Igarashi, o vencedor da etapa da Ericeira no ano passado Deivid Silva, e ainda o experiente Nat Young. E apesar de ter feito uma das melhores ondas da bateria, o português ficou a precisar de 6,37 pontos para subir à 2.ª posição do heat e seguir para os oitavos de final.
Em mais uma bateria renhida, o wildcard somou um score total de 12,07 pontos (ao combinar uma onda de 7 pontos e outra de 5,07 pontos), terminando no 3.º lugar, atrás do brasileiro Deivid Silva (13,37) e de Kanoa Igarashi, que fez o score mais alto do dia: 17,34 pontos. O japonês que já conhece bem a Ericeira, onde passar grande parte do ano, fez uma onda de 8,77 pontos e outra de 8,57 e mostrou que de facto se sente em casa em Ribeira d’Ilhas. “O segredo é não cair e fazer dois ondas acima de 6 pontos [risos]. Mas o essencial é divertir-me, e eu diverti-me. As ondas estão incríveis, e é muito bom surfar ondas deste género no Challenger. Sinto-me bem só de estar aqui a competir. E ter todos os meus amigos na praia é ótimo”, disse Kanoa Igarashi.
Neste quarto dia de prova, foi assim possível ver um sólido desempenho por parte de alguns dos atletas internacionais. O brasileiro Mateus Herdy alcançou o segundo score mais altos da prova até ao momento: 16,07 pontos (na combinação de duas ondas de 8,07 pontos e 8 pontos). “Foi um heat difícil, sei que tive dois 8, mas não sinto isso [risos]. Na minha primeira onda pensei que tinha muito tempo, estava mais relaxado... fiz a última manobra e os juízes gostaram, mas não esperava um 8. E depois foi fazer uma onda de ‘back-up’. A minha motivação atualmente é dar 100 por cento nestes dois últimos eventos, até porque vejo alguns surfistas de topo a ser eliminados e ainda está tudo em aberto”, disse o brasileiro.
Outro dos destaques vai para o norte-americano Taro Watanabe, que fez a melhor onda do dia (9 pontos, em 10 possíveis), numa combinação de várias rasgadas, com muita água pelo ar, e a terminar já em cima das rochas de Ribeira d’Ilhas. “O mar está muito divertido, só queria fazer o meu surf. Tive um mau início do heat, mas esperei por aquela onda, e surgiu... foi perfeita. Não dá para pensar muito, não me lembro bem da onda, mas senti-me bem”, disse Taro no final da bateria.
Pelo caminho, neste 4.º dia de prova, ficou Marco Mignot. O surfista francês de 23 anos, que vinha de um 2.º lugar na etapa da Califórnia e chegava à Ericeira na 10.ª posição do ranking Challenger Series, terminou assim a etapa portuguesa no 49.º lugar, ao ser eliminado na 2.ª ronda.
De recordar que assim que a prova recomeçar no feminino teremos a única portuguesa ainda em competição: Yolanda Hopkins Sequeira vai ter pela frente Ellie Harrison na 3.ª bateria dos oitavos de final.
A próxima chamada do EDP Ericeira PRO presented by Estrella Galicia está agendada para as 7:30 de quinta-feira, dia 3 de outubro, para análise das condições e um possível início da prova às 8:05.