Frederico Morais avança para o terceiro round do Meo Pro Portugal
Um heat tenso mas de sucesso para o português
As condições pouco animadoras e difíceis do segundo dia de prova levaram a uma interrupção do Meo Pro Portugal pela manhã. Quando houve a sua retoma, entrou em cena o heat do português Frederico Morais contra Conner Coffin e Caio Ibelli, substituto de Gabriel Medina.
Quando ecoou a buzina que ditava o início da bateria de 30 minutos em Supertubos, Caio Ibelli pouco esperou para apanhar a primeira onda. Com um mar que não estava a colaborar, quis começar cedo o heat e garantir logo um score. Entrou numa direita tubular comprida, dentro dos possíveis, e conseguiu um 5.67 pontos, posicionando-se em primeiro.
Frederico Morais usou a mesma estratégia e embora não tenha sido completamente envolvido pelo tubo, que lhe valeu um 1.77 pontos, mostrou a sua apetência para abrandar em ondas tubulares.
Ainda se estava a processar a onda do português e Conner Coffin deixou a esquerda rodar sobre si conquistando o segundo lugar da bateria com um 5 pontos.
Caio quis fazer da nota da primeira onda um backup e sem receio dos wipeouts na pesada onda de Supertubos, não ponderava e entrava nas ondas num verdadeiro tudo ou nada. De pouco lhe valeu e a primeira nota continuava a ser predominante para o fazer avançar no heat e manter a liderança. Mas por pouco tempo.
Durante alguns minutos, foi ver os três atletas a remar contra a corrente ou a lutar contra a massa de água do inside. Sem espaço para grandes selecções de onda e sem que o relógio tivesse em conta as condições difíceis, faltavam 14 minutos para o final do heat e o desespero de Conner Coffin fê-lo apanhar uma onda de manobra para fazer um backup. Aguentou-se nas secções fortes e agarrou um 2.67, subindo para primeiro e deixando o brasileiro em segundo que ficou a precisar de 2 pontos.
Frederico Morais assume a liderança :
Em contra-partida, Frederico Morais continuava na busca incessante pelos tubos e a espera mostrou-se amiga da perfeição. A precisar de 4.58 pontos para avançar, o português reposicionou-se e entrou num tubo onde se puderam contar os segundos lá dentro, por contraste às ondas anteriores que pouco o tinham envolvido, tendo finalizado com um carve. O público português vibrou da areia e Kikas virou a bateria, assumindo a liderança com a nota de 5.23 pontos.
Ninguém tomou o primeiro lugar do heat como garantido e foi numa ansiedade constante que a plateia assistia à viragem de posto dos três atletas. Caio Ibelli que tinha começado em primeiro, encontrava-se em último a precisar de 2 pontos. Enquanto jogador que é, apanhou uma onda que sabia que lhe ia garantir o score que precisava, e foi com 2.53 pontos nos minutos finais que meteu Frederico Morais em segundo e deixou Conner a precisar de 2.74 pontos. Assim ficou definido o heat com o português, que conseguiu um score final de 7.73 pontos, e o brasileiro, com 8.20 pontos, a avançarem diretamente para a terceira ronda escapando às repescagens.
No desafio lançado pela WSL dos atletas estamparem nas lycras mulheres do desporto, a propósito do Dia Internacional da Mulher, Frederico Morais mostra-se ser inspirado pela futebolista portuguesa Jéssica Silva. Foi com o seu nome que apareceu no seu heat.
Veja aqui em direto o beach cam da Surftotal em Supertubos