Teresa Bonvalot e Carolina Mendes passam à ronda 2 no MEO VISSLA Ericeira Pro 2021

Vasco Ribeiro e Italo Ferreira eliminados...

 

Terceiro dia de prova no MEO VISSLA PRO ERICEIRA, 2.ª de quatro etapas do Challenger Series, em Ribeira d'Ilhas, na Ericeira. Com ondas de um metro a metro e vinte, realizaram-se as cinco baterias que faltavam para terminar o 1.º round da prova feminina e ainda de mais 10 baterias do 2.º round masculino. As condições complicaram-se ao longo do dia, com as pontuações a baixarem, e pelas 16h foi necessário interromper a prova devido a um nevoeiro denso que surgiu em Ribeira d’Ilhas. A mesma foi retomada às 17h20 para a realização dos heats 9 e 10 o 2.º round masculino.

 

 

1º heat do dia contou com uma portuguesa: Carolina Mendes que brilhou:

 

O primeiro heat do dia contou logo com uma portuguesa: Carolina Mendes que brilhou, terminando a bateria em primeiro lugar, depois de 30 minutos de nervos. Depois de ter começado mais devagar, com as havaianas Keala Tomoda-Bannert e Savanna Stone confortáveis nos dois primeiros lugares do heat, foi a 9 minutos do fim que a surfista de 21 anos começou a dar a volta à bateria e fez uma onda pequena, mas bastante sólida, com várias manobras, pontuada com 6,77 pontos (em 10 possíveis). Subiu assim à 3.ª posição com esta onda, a que ainda juntou, a um minuto do fim, uma onda de 5,07 pontos, melhorando a sua onda de back-up e subindo assim ao 1.º lugar da bateria.

Carolina Mendes somou 11,84 pontos (em 20 possíveis) e segue assim para o round 2 da bateria. “Ganhar o primeiro heat do dia é sempre bom para começar bem. Estou muito feliz, mas não foi fácil, no início da bateria estava à espera de um bom set e nada, e já estava a ficar stressada... mas no último minuto encontrei uma onda suficiente. Esperei tanto tempo pela bateria e que na água foi um turbilhão de sentimentos”, confessou Carolina Mendes. Em segundo lugar nesta bateria ficou a havaiana Keala Tomoda-Bannert, com 10,50 pontos.

 

 

No Heat 15 entrou em ação Teresa Bonvalot que passou em 2º lugar:

 

No Heat 15 entrou em ação Teresa Bonvalot. Foi preciso esperar também até meio da bateria para vermos a surfista de Cascais que venceu o Europeu surf júnior em 2016 e 2017 se afirmar, com uma onda que roubou aplausos do público em Ribeira d’Ilhas. Uma boa onda com uma excelente finalização, pontuada com 6,83 pontos que lhe valeu a subida ao 2.º lugar da bateria, em que acabou por ficar, já que não conseguiu melhorar a sua segunda onda. Teresa que em Ribeira D’Ilhas, em 2016, alcançou um 3.º lugar no Mundial de Juniores.  No 1.º lugar da bateria ficou a havaiana Bettylou Sakura Johnson. Ambas seguem assim para o round 2 da prova.

 

Em destaque, a nível internacional, estiveram a australiana India Robinson e a francesa Vahine Ferro. Ambas com scores altos (15,50 e 15,84 respetivamente) nas baterias 11 e 12 do primeiro round. “Foi tão bom, as ondas estavam realmente boas”, disse a surfista da Polinésia Francesa que é também ex-campeã mundial Júnior. “Os freesurfs têm sido difíceis, por isso finalmente conseguir apanhar boas ondas foi ótimo. Adoro direitas, e a Ericeira é o paraíso para mim, é com certeza a minha onda preferida aqui em Portugal até agora”, disse Fierro que alcançou um 9.º lugar na 1.ª etapa do Challenger Series, o US Open of Surfing Huntington Beach presented by Shiseido, na Califórnia. Já Robinson admitiu que os surfistas “australianos realmente se uniram este ano” e que até já “sentir a energia do grupo”, já que quase todos se têm destacado pelos bons resultados alcançados.

 

Vasco Ribeiro Eliminado precocemente: 

Em competição, na prova masculina, esteve Vasco Ribeiro, que acabou por ser eliminado nos últimos minutos da bateria. O surfista da Praia da Poça, que foi campeão mundial júnior em 2014 nestas mesmas ondas de Ribeira d’Ilhas, até começou bem, com uma onda de 8 pontos, e manteve-se no 2.º lugar da bateria durante algum tempo, mas a poucos segundos do fim tudo mudou. O australiano Jackson Baker fez uma onda que lhe valeu 8,53 pontos, e subiu à liderança do heat com 15,80 pontos (em 20 possíveis). Em 2.º lugar ficou o francês Kauli Vaast, com 13,93 pontos (em 20 possíveis).

 

 

 

 

 

Cooper Chapman brilhou ao fazer a melhor onda da prova: 9,33 pontos em 10 possíveis:

No último heat do dia ainda houve tempo para o australiano Cooper Chapman brilhar, com a melhor onda da prova: 9,33 pontos em 10 possíveis. O atleta de 27 anos, que não foi além de um 73.º lugar na primeira prova do Challenger Series está motivado e tem-no demonstrado nas prestações em Ribeira d’Ilhas.

Samuel Pupo fez outro dos scores mais altos do dia da prova masculina: 14,90 (em 20 possíveis). O surfista brasileiro de 21 anos, que em 2019 venceu o QS 10.000 em Ribeira d’Ilhas, venceu o Heat 8 (combinando duas ondas pontuadas com 7,07 e 7,83), no final do dia. “A bateria foi boa, estou confiante, já ganhei aqui antes, e acredito que posso ganhar outra vez, mas é bateria a bateria”, começou por dizer o jovem surfista irmão mais novo de Miguel Pupo, surfista do CT. “A melhor memória que tenho desse campeonato em 2019 foi, quando saí da água, ver uma multidão de pessoas a gritar, uma sensação que se tem poucas vezes na vida e eu quero alcançar essa sensação de novo, e espero q seja aqui”, disse o atleta que viajou para Portugal com o pai, Wagner Pupo. Outros dos destaques internacionais foram os brasileiros Deivid Silva e Matheus Herdy, os norte-americanos Nat Young e Cole Houshmand e o australiano Jacob Wilcox.

 

 

Italo Ferreira sai do seu heat a 8 minutos do fim - Cansaço?

Pelo caminho, neste round 2 da prova, ficou o campeão Olímpico Ítalo Ferreira que saiu da água a 8 minutos do fim da bateria, quando estava em 3.º lugar. O brasileiro termina assim a participação na 2.ª etapa do Challenger Series na 37.ª posição, num heat em que o norte-americano Nat Young venceu (13,27 pontos em 20 possíveis) e em que o brasileiro Thiago Camarão (11,67 pontos) alcançou a 2.ª posição a segundos do fim. Ítalo não foi além dos 10,77 pontos na bateria.  Italo Ferreira afirmou estar cansado quando saiu do seu heat a 8 minutos do final, embora seja uma situação menos comum !

 

 

Ainda pelo caminho nesta ronda, ficaram o japonês (prata nos Jogos Olímpicos) Kanoa Igarashi, os australianos Connor O’Leary e Wade Carmichael, os franceses Charly Martin, Jorgann Couzinet e Joan Duru, o norte-americano Patrick Gudauskas e o havaiano Sebastien Zietz, num heat dramático em que Ezequiel Lau virou a bateria no final, com uma onda pontuada com 7,93 pontos (em 10 possíveis) e passou do 4.º para o 2.º lugar, seguindo para a próxima fase. “Aquela última onda foi uma loucura”, disse Lau.

“Eu estava a olhar para o meu relógio só faltavam 40 segundos, e eu precisava de um 8. Eu sabia que se a onda viesse, eu simplesmente teria de a surfar o melhor que pudesse. A meio da onda, ouvi de quanto é que eu precisava e pensei, preciso mesmo fazer uma boa onda. E nem percebi o quão perto estava das rochas. Só quando fiz o ‘claim’ é que me apercebi”, disse Zeke Lau. O Heat 2 da 2.ª ronda foi assim vencido pelo brasileiro João Chianca, que dominou a bateria do início ao fim, com uma prestação muito sólida, e chegou assim pela primeira vez à terceira ronda do Challenger Series.

 

Atletas femininas Portuguesas salvam a "honra da casa":

 

Ainda em prova no MEO VISSLA PRO ERICEIRA estão 3 portuguesas; no round 2 da prova feminina estão Yolanda Hopkins, Carolina Mendes e Teresa Bonvalot.

A próxima chamada do MEO Vissla Pro Ericeira está agendada para amanhã, quarta-feira, dia 6 de outubroàs 7h35, para avaliação das condições.

 

 

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