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FREDERICO MORAIS APOSTOU E GANHOU O QS AZORES AIRLINES PRO 2019
Tudo começou quando Morais optou por participar na Etapa QS 6000 em detrimento da sua vaga no CT Fresh Water Pro
São 6000 preciosos pontos que levam o atleta Português ficar mais próximo da qualificação para o World Tour de 2020. O surfista Olímpico Português venceu categoricamente a etapa de cotação 6000 do QS Azores Airlines Pro 2019.
Após ter deixado na meia final em situação de combinação o Francês Gatien Delahaye, encontrou na final o Australiano Mich Crews e voltou a repetir a façanha. Frederico Morais mostrou um surf rico e diversificado pleno de manobras de Rail e tubos.
Frederico disparou no ranking mundial de qualificação para o 10º posto da geral com 14,400 pontos.
Frederico Morais venceu o Azores Airlines Pro 2019, que hoje terminou, na praia de Santa Bárbara, Ribeira Grande, em ondas épicas de um metro e meio a dois metros e vento off-shore. Kikas, como é conhecido, bateu o australiano Mitch Crews na final, tornando-se o primeiro surfista português a conquistar a prova açoriana.
E Morais não podia ter desejado um dia melhor para o conseguir! O último dia desta décima edição de uma etapa do circuito mundial de qualificação nos Açores contou com condições de gala, proporcionando um grande espetáculo ao muito público presente e uma alegria contagiosa a todos os competidores.
Frederico foi mesmo o homem a bater ao longo de todo o dia, vencendo bateria atrás de bateria de forma implacável, com uma excelente leitura de mar e uma boa forma que o deixam agora no Top 10 do ranking mundial, a um passo de se requalificar para o circuito principal.
Para conquistar estes importantes 6.000 pontos, a sua segunda vitória este ano num WSL QS em águas nacionais e a subida de vinte posições no ranking mundial, Kikas teve de bater o também ex-top 34 Mitch Crews na final, o francês Gatien Delahaye nas meias-finais, o norte-americano Jake Marshall nos quartos de final e o australiano Jackson Baker nos oitavos.
“É uma vitória muito desejada e muito feliz,” afirmou o campeão. “Acho que este foi o melhor dia de competição que algumas vez tivemos no QS, com boas oportunidades para todos e tubos incríveis! É um sonho, poder contar com condições destas no último dia de uma prova, pois assim o teu resultado não depende tanto da sorte, mas antes da tua capacidade de decisão e do teu surf. É disto que é feito o surf! Dei mais um passo importante no caminho desse objectivo que é requalificar-me para o CT e vou agora para a etapa da Ericeira cheio de confiança,” concluiu o surfista português, que garantiu recentemente a sua pré-qualificação olímpica para 2020, no Japão.
Para Mitch Crews, o segundo lugar foi o seu melhor resultado nos últimos seis anos neste circuito, após dois anos amargos, com fracturas nos dois tornozelos e resultados aquém do seu potencial. Nas meias-finais, em terceiro lugar ex-aequo, ficaram o surpreendente francês Gatien Delahaye e o brasileiro Miguel Pupo, vencedor da etapa anterior, na Galiza. Com este resultado, Pupo subiu ao segundo lugar do ranking mundial, ultrapassou os 20.000 pontos e garantiu por completo o seu regresso à elite mundial.
Nos quartos de final, em quinto lugar, ficaram alguns dos maiores destaques desta semana – o norte-americano Jake Marshall, o costa-riquenho Carloz Muñoz, o brasileiro Luel Filipe e o havaiano Joshua Moniz, que conseguiu a melhor onda do campeonato na fase anterior, graças a um tubo incrível, que lhe valeu a única nota 10 de todo o evento.
Com esse tubo fabuloso nos oitavos de final, Moniz (que é descendente de açorianos), bateu outro dos destaques do Azores Airlines Pro 2019, o australiano Reef Heazlewood. Heazlewood ficou assim em nono lugar, a par do já mencionado Jackson Baker, mas também dos sul-africanos Beyrick DeVries e Michael February, do brasileiro Samuel Pupo (irmão mais novo de Miguel Pupo), do francês Maxime Huscenot, do japonês Hiroto Ohara e do português Vasco Ribeiro.
Vasco foi eliminado pelo experiente Miguel Pupo, apesar de ter feito a melhor onda da bateria, ficando a faltar-lhe uma segunda onda razoável. No entanto, o ex-campeão mundial júnior não deixou de fazer uma das suas melhores prestações do ano, partindo para a próxima etapa, onde conquistou esse título, cheio de confiança.
No final de mais uma etapa de sonho, que ficará seguramente na memória de todos e na história do surf mundial, Rodrigo Herédia era um homem satisfeito. “Sermos considerados a melhor etapa e as melhores ondas do circuito mundial, deixa-nos a todos muito satisfeitos! É a prova de que os Açores é um destino de surf de alto nível, com ondas incríveis. E que essas ondas não acontecem no Verão, mas sim no Inverno. É uma forma de exportarmos um bocadinho deste destino, para o mundo inteiro,” afirmou satisfeito o organizador do evento.
- Créditos fotos: WSL / Masurel