ARITZ ARANBURU: "O SURF É UMA DROGA EM QUE NOS VICIAMOS"

O surfista deu uma entrevista à Marca.

 


No próximo ano, será o único surfista espanhol a competir no WCT, explica a Marca que hoje publica um entrevista com Aritz Aranburu. O surfista basco que este ano se qualificou, ficando assim entre os 32 melhores, confessou que foi muito difícil voltar à primeira divisão do surf mundial, onde já teve o prazer de estar. “A diferença é que agora o campeonato é muito mais exclusivo. Antes competiam os 45 melhores surfistas e agora estão reduzidos a 32”, disse ao jornal desportivo.

 

“Em Espanha e na Europa o surf desenvolveu-se mais tarde do que em países como o Brasil, a Austrália ou os EUA. Mas aos poucos estamos a aproximar-nos desses poderes”, avançou ainda o surfista de 29 anos.

 

Na entrevista à Marca, até de Portugal se falou. “Fora da Espanha, por vezes, sinto-me mais valorizado. Por exemplo, em Portugal estão a apostar muito no surf e quando vou a Lisboa ou ao Porto, conhecem-me porque existe a cultura do surf. No Brasil é a mesma coisa, pois já obtive lá dos melhores resultados da minha carreira. Em Madrid, sinceramente, quando alguém me reconhece, fico surpreendido”, confessou.

 

Para este ano, Aritz confessou que só quer aproveitar o circuito. “Quero desfrutar de surf em todas as suas facetas. Não só competir, também explorar o mundo com todas as viagens que fazemos”, avançou à Marca.

 

Este ano, Aritz vai competir de novo contra um dos seus grandes ídolos, Kelly Slater. “É um surfista que tem sido o meu herói desde a minha infância. É uma das pessoas mais competitivas que conheço. Seja no surf ou no ping-pong. Seria estranho que se retirasse. Eu acho que nunca ninguém foi como ele. Ele é o deus do surf”, disse.

 

“A competição de surf é como qualquer outro desporto. Quando competes, tens de dar tudo e é uma luta. Todos nos damos bem, contudo, dentro de água, existem poucos amigos. Depois, há o surf como estilo de vida, porque estamos sempre dependendo das marés, dos ventos ... Os períodos de férias surgem consoante as temporadas. É uma droga em que nos viciamos”, disse ainda.

 

“A forma física é essencial. Não basta passar umas horas dentro de água para ser um bom surfista. Também é importante o que fazes fora da água. É preciso fazer muitos sacrifícios, e trabalhar duro”, acrescentou.

 

Para Aritz, o surf é um desporto barato. “Não pagas para entrar na praia e só precisa de uma prancha e um fato para o praticar. Mas a um nível profissional é outra coisa. A Dream Tour é composta por destinos paradisíacos, para onde as pessoas viajam de lua de mel. Nós, ao final do ano, passámos por 20 desses destinos, mas só conseguimos com a ajuda dos patrocinadores”, conclui o atleta da Quiksilver.

 

 

 

 

 

 

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