ANTEVISÃO: HURLEY PRO EM LOWER TRESTLES
Confere o draw e aqueles que poderão ser os candidatos à vitória…
É já na próxima semana, quarta-feira, dia 7, que inicia o período de espera do Hurley Pro, oitava etapa do 2016 Samsung Galaxy World Surf League Championship Tour. O local do evento, Lower Trestles, em San Clemente, Califórnia, é um do spots mais “high performance” do globo e obriga, necessariamente, a um surf progressivo e atual por parte de todos os surfistas.
Ausentes do Tour continuam a estar os australianos Owen Wright e Bede Durbidge, por lesão. Em seu lugar foram chamados os suplentes Stu Kennedy (Austrália) e Sebastian Zietz (Havai). Também fazem parte do evento os norte-americanos Brett Simpson e Tanner Gudauskas. Ambos receberam “wildcards” e a oportunidade de competir no evento através das triagens da prova, realizadas em julho.
Confirmada está também a presença de John John Florence, afastando assim uma eventual lesão no joelho que tanto foi especulada nos últimos dias. Mick Fanning também consta da ronda inaugural e volta assim a fazer parte do World Tour, como já era esperado, podendo desta forma defender um troféu que conquistou o ano passado.
Confere os heats da ronda 1:
H1: Jordy Smith (ZAF), Nat Young (USA), Keanu Asing (HAW)
H2: Julian Wilson (AUS), Kanoa Igarashi (USA), Ryan Callinan (AUS)
H3: Adrian Buchan (AUS), Miguel Pupo (BRA), Kai Otton (AUS)
H4: Gabriel Medina (BRA), Adam Melling (AUS), Alex Ribeiro (BRA)
H5: Matt Wilkinson (AUS), Conner Coffin (USA), Brett Simpson (USA)
H6: John John Florence (HAW), Davey Cathels (AUS), Tanner Gudauskas (USA)
H7: Adriano De Souza (BRA), Wiggolly Dantas (BRA), Matt Banting (AUS)
H8: Kelly Slater (USA), Filipe Toledo (BRA), Jeremy Flores (FRA)
H9: Italo Ferreira (BRA), Caio Ibelli (BRA), Jack Freestone (AUS)
H10: Mick Fanning (AUS), Joel Parkinson (AUS), Jadson Andre (BRA)
H11: Kolohe Andino (USA), Josh Kerr (AUS), Stu Kennedy (AUS)
H12: Sebastian Zietz (HAW), Michel Bourez (PYF), Alejo Muniz (BRA)
A CORRIDA AO TÍTULO MUNDIAL
Supreendentemente, John John Florence, Gabriel Medina e Matt Wilkinson não têm um grande registo em Trestles. O havaiano já fez parte de uma final, em 2014, mas o ano passado, vindo de uma lesão, não logrou passar da segunda ronda. Wilko, que liderou o WT até à última etapa, nunca passou da terceira fase na Califórnia nos seis eventos que por ali disputou. Por sua vez, Gabriel Medina, alcançou as meias finais em 2015 e sabe que um bom desempenho este ano pode levá-lo à liderança do circuito ou então a galgar pelo menos uma posição no ranking, já que segundo lugar se encontra a uns meros 300 pontos de distância.
CANDIDATOS À VITÓRIA
Temos que ser honestos, do trio da frente, Gabriel Medina e John John Florence parecem-nos os mais competentes para alcançar o topo do pódio. As ondas de Trestles também jogam a favor do estilo poderoso de Matt Wilkinson, mas o australiano parece não ter o mesmo nível de “air game” dos seus adversários. É verdade que nem sempre Trestles exige aéreos, mas quando a oportunidade aparece o melhor mesmo é tê-los a jeito, como quem diz "à mão de semear". E aqui, meus amigos, neste que é o campo da imprevisibilidade, Wilko perde definitivamente para JJF e Medina.
Também não podemos esquecer Kelly Slater, talvez o principal nome a ter em conta após a recente vitória no Taiti que acabou por dar um “boost” ao norte-americano, quer nas contas do ranking como na motivação pessoal para continuar a competir. Em Trestles, Kelly já venceu seis vezes, mais do que qualquer outro surfista. Um impressionante registo que poderá dar balanço ao 11x campeão mundial para uma eventual vitória e, quem sabe, colocá-lo definitivamente na luta por mais um título.
Mick Fanning está com o surf afiado e isento de pressão. É sempre candidato e pode, muito facilmente, alcançar a final e fazer estragos entre os primeiros lugares. Jordy Smith, que venceu a edição 2014, tem feito de Trestles o seu principal palco de treinos desde que foi viver para a Califórnia. Ora, sabendo que anda há muito à procura de um resultado de destaque, esta pode bem ser a sua oportunidade. Por último, é também de salientar todo o talento de Filipe Toledo. O brasileiro nunca venceu esta prova, mas, sabendo das caraterísticas do seu surf, pode também aproveitar a oitava paragem do Championship Tour para fazer um regresso em grande após a lesão que o assolou. Uma coisa é certa, Toledo e Trestles, combinam. Definitivamente...
Para seguir a acompanhar a partir de 7 de setembro…
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