Martim Paulino é um dos muitos “young guns” portugueses que povoa a costa portuguesa e de quem se espera grandes feitos no futuro. O jovem surfista que faz das ondas da Costa de Caparica a sua casa, de apenas 13 anos, sonha com a profissionalização e por isso tem vindo a treinar afincadamente com vista a evoluir e melhorar cada vez mais a sua técnica e condição física.

Há dias, juntamente com o seu pai, Miguel Paulino, viajou para a Califórnia para competir num evento da Western Surfing Association, a associação que organiza as provas na costa oeste dos Estados Unidos e que apura os atletas dessa região para a final nacional onde são atribuídos os títulos nacionais, bem como o acesso a estágios e à seleção nacional de surf do país. 

O objetivo desta viagem prende-se, obviamente, com a evolução, mas também visa ganhar mais experiência internacional em competição. Além do Martim, no evento participaram também atletas franceses, japoneses e havaianos. 

De acordo com o seu pai, no campeonato “O Martim passou a primeira ronda em 1º lugar destacado, mas nos 1/4 de final, depois do evento estar ”on hold” durante três horas por causa do nevoeiro, a organização decidiu fazer heats de 15 minutos com seis atletas. Ele optou por ficar no outside, mas não entraram ondas durante o heat. Portanto, passaram os que ficaram no inside a fazer umas marrecas. Porém, mostrou bom surf no evento e demonstrou estar à altura do desafio. Foi, aliás, referido várias vezes pelo excelente trabalho de rail e pelas manobras power realizadas na primeira secção no outside.”

Entre heats, o talentoso grom da margem sul teve ainda oportunidade de apanhar a onda de Trestles a bombar com um swell que durou quatro dias. Neste famoso pico situado no sul da Califórnia, que apresenta sempre um nível elevadíssimo no line up, ele treinou novas manobras e puxou os limites ao máximo. Como se isto não bastasse, Martim também teve a sorte de apanhar Rincon Point numa sessão absolutamente de luxo, definida pelos locais como “o melhor surf dos últimos anos.”