A Nazaré e a Praia do Norte em particular, têm servido de palco a algumas das maiores ondas “surfáveis” do planeta nos últimos anos. Em pleno inverno, a temperatura ronda hoje os 15 graus Celsius e devido à tempestade Imogen - que tem vindo a causar estragos um pouco por toda a zona costeira europeia - as condições não são as mais favoráveis para a prática de surf nesta quarta-feira de fevereiro, pós Carnaval. 

A onda é conhecida por ser pesada e deter muita força, formada nas profundezas do Oceano Atlântico e encaminhada para a praia através do Canhão, o desfiladeiro do fundo do mar nazareno que a torna tão única e mágica, mas também assustadora e perigosa. 

O australiano Ross Clarke-Jones é um dos big wave chargers da equipa Red Bull que tem visitado o nosso país à procura, quem sabe, de um daqueles monstros que o levem a bater o recorde mundial estabelecido em 23.77 metros (78 pés), em 2011, por Garrett McNamara. 

Numa entrevista recente a um meio australiano, o cowboy dos mares acabou por revelar aos compatriotas que se queiram aventurar por cá alguns factos importantes a ter em conta. O veterano começou por dizer que "a Nazaré recebe mais ondulações de 10 metros do que qualquer outra zona do globo e que antes de entrarem na água num dia de ondas grandes, todos os surfistas têm que se registar junto das autoridades marítimas". 

Logo de seguida deixou bem claro que surfar a Praia do Norte não é pera doce e que "o colete e o fato insufláveis são de uso obrigatório", tal é a potência das suas ondas. Por último, deixou mais um miminho que as gentes e o comércio local agradecem, sublinhando que "a zona possui o melhor peixe fresco da Europa". 

Fazendo uma avaliação através da imagem em cima, parece-nos que RCJ não tem, efetivamente, razões de queixa.