Turismo de surf vai ser uma realidade na Coreia do Norte
Até o regime de Kim Jong-un já se rendeu a uma indústria em crescimento.
Um profissional de surf que treina a seleção chinesa, e uma agência de turismo sediada em New Jersey, a Uri Tours, planeiam um surf trip e um surf camp já para setembro na Coreia do Norte - para explorar as idílicas praias locais e ondas cheias de potencial, e sem quase ninguém. Tudo factores que podem transformar aquele país num destino internacional de surf de excelência.
Nik Zanella, o italiano que treina os surfistas chineses, que é representante da ISA (International Surfing Association), diz que a decisão de ter um surf camp para um pequeno grupo de norte-coreanos e turistas estrangeiros ao longo da costa este, surgiu depois de um ano a estudar as ondas e as condições climatéricas daquela região.
“A Coreia do Norte não será a próxima Malibu, mas recebe swell suficiente para sustentar uma vasta comunidade de surf”, afirmou o italiano. “O nosso objetivo é avaliar os recursos e torná-los acessíveis para os surfistas locais de um modo seguro e sustentável. Não estamos ali para ir apenas surfar, dizer que foi muito bom e pormo-nos a andar.”
A expedição foi aprovada pelo governo norte-coreano, ansioso por potencial e explorar o sector do turismo que se encontra em desenvolvimento. Andrea Lee, responsável pela Uri Tours, a empresa que organiza a expedição, afirmou que será usada para mapear a linha costeira para locais de surf de excelência, avaliar riscos e desenvolver planos de evacuação e segurança.
Embora a maior parte do povo norte-coreano não tenha meios, nem tempo, para grandes atividades lúdicas, o governo quer agarrar esta oportunidade para atrair turistas. “Queremos abrir o país como um destino de surf em larga escala”, disse Andre Lee ao The Guardian.