Filipe Toledo num dos seus já clássicos aéreos. Filipe Toledo num dos seus já clássicos aéreos. WSL terça-feira, 09 junho 2015 16:06

Surf ‘clássico’ vs surf progressivo: as opiniões dividem-se

WSL lança o polémico debate sobre as manobras aéreas e certos eventos contestados do Tour.

 

 

A propósito do evidente contraste do tipo de ondas que vamos ter em Fiji, depois da etapa brasileira ganha por Filipe Toledo no Rio de Janeiro, surge no site oficial um debate sobre o papel do surf progressivo no circuito profissional.

 

São várias as opiniões que desde há muito questionam a presença de etapas como a do Rio de Janeiro, com mar mais pequeno e inconsistente. Esta, chamemos-lhe 'facção mais purista', acredita que apenas ondas como Fiji, Taiti ou Havai, devia ter lugar no Tour de elite. Para outros, é na variedade do tipo de ondas que está a riqueza do principal circuito de surf mundial, desafiando assim os atletas a provarem o seu valor em diferentes condições.

 

Reproduzimos aqui alguns dos comentários mais curiosos que surgem neste debate ‘cibernético’, no site oficial da World Surf League.

 

“Algumas pessoas dizem que o surf progressivo não é surf? O quê?! Se desenvolver o desporto não é torná-lo maior, se calhar deviam proibir os afundanços no basquetebol, ou os guarda redes no futebol não devia marcar livres… A ‘brazilian storm’ está a tornar o surf muito mais interessante do era há uns anos, com apenas cutbacks e floaters.”

 

“Ridículo, isto é surf? Eu quero ver tubos de consequência. Alguém que esteja preparado para arriscar a vida para ter grandes pontuações! Não quer ver truques de skate sem rodas!”

 

“Os air reverses parecem todos iguais depois de veres o primeiro. Muito aborrecido de ver…”

 

“A progressão tem de fazer parte do surf, claro! O surf está a tornar-se cada vez mais popular e os putos mais novos querem ver aéreos. A evolução é tudo. Os juízes devem premiar a coragem e mesmo os pros mais velhos devem ter capacidade de aprender e evoluir. Não é isso que defendia o Darwin?”

 

“Verdade, os aéreos são progressivos e não estão ao alcance de todos os surfistas, mas não podemos afastar-nos da lógica do julgamento que está estabelecida. Deve haver contextualização, se alguém surfa uma onda em todo o seu potencial com variedade e nas zonas críticas, a pontuação deve refletir isso mesmo. Acho que hoje em dia as pontuações andam inconsistentes e também sei que agradar a toda a gente é uma tarefa difícil para os juízes. Talvez se andem a dar notas altas com demasiada facilidade. Gostava de ser objectivo e não subjectivo. Tenho mais de 50 anos e já muitas modas surgirem e desaparecerem…”


Qual a tua opinião sobre estes temas? Há provas que não deviam estar no Tour? Os aéreos são fundamentais para o crescimento e desenvolvimento do desporto? Ou apenas uma 'moda' que se vai tornar repetitiva? Há lugar para tudo e a variedade é o 'tempero' da vida? Deixa o teu comentário em baixo.

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