Meias finais definidas no Rio Pro

Filipe Toledo, Italo Ferreira, Bede Durbidge e Matt Wilkinson vão protagonizar uma verdadeira cimeira Austrália - Brasil.

 

Depois de finalizadas as rondas 2 e 3 da prova feminina na Barra da Tijuca, foi a vez dos homens subirem ao palco principal para discutirem o acesso às meias finais do Oi Rio Pro, num ambiente de autêntica loucura na praia, com uma multidão ao rubro - em particular quando os surfistas brasileiros estavam em competição.

 

O primeiro duelo foi entre Filipe Toledo e o rookie neozelandês, Ricardo Christie. Nesta primeira bateria dos quartos de final ficou vincada uma tendência que se repetiria nos restantes duelos desta ronda: um surfista a atacar mais as manobras aéreas, e outro a apostar em ondas com boas seções para aplicar manobras de rail.

 

Filipinho desde cedo se colocou na liderança, fruto precisamente de um ‘ataque aéreo’, que lhe valeu 8,33 pontos. Toledo depressa acrescentou um backup de 6.67 pontos e Christie contava com apenas 4.00 pontos na sua conta pessoal, até que perto do final respondeu com um 7.50 que o tirou de combinação mas ainda a precisar de fazer 7.51 pontos para ultrapassar Toledo. O brasileiro aproveitou o facto de estar com prioridade para manter o heat controlado nos instantes finais e garantiu  a passagem às ‘meias’, com a praia a vibrar intensamente.

 

O heat entre Jadson André e Italo Ferreira - que Jadson considera um irmão mais novo, tal é a proximidade entre os dois -, foi muito equilibrado e sempre em ritmo ‘parada-resposta’.  Apesar de Jadson ter a onda mais alta do heat, a vitória acabou por sorrir ao rookie, por ter um backup mais elevado. Novo duelo entre brasileiros marcado para a primeira meia final, entre Italo e Toledo, que promete muita ação acima do lip.

 

O discreto e sólido Bede Durbidge foi igual a si próprio: assertivo, poderoso e a lembrar porque motivo está entre os melhores do mundo há tanto tempo. O australiano levou a melhor sobre Josh Kerr, muito graças ao 8.07 que garantiu numa das suas últimas ondas.

 

Owen Wright e Matt Wilkinson discutiram a última vaga nas meias finais, e a vitória foi para Wilko, que teve uma entrada fortíssima, a atacar ‘bottom to top’ uma direita de backside, e a disparar na liderança com 7.83 pontos. Owen não conseguiu mais do que pontuações medianas e acabou por ficar para trás irremediavelmente.

 

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