NY TIMES DESTACA MODELO DE TRANSMISSÕES DA WSL COMO UMA FÓRMULA DE SUCESSO
O número de espectadores ligados aos webcasts da WSL comprova o sucesso dessa estratégia.
O crescente interesse pelo surf a nível global já não é segredo para ninguém. Um bom exemplo disso é o recente artigo da prestigiada publicação New York Times, onde se destaca o sucesso que as transmissões em direto dos eventos via internet tem tido.
Destaca o texto que em dezembro, durante o Pipe Masters, 6.2 milhões de pessoas estava ligadas na transmissão em direto do evento onde Medina se tornou campeão do mundo. Estes números ultrapassaram a audiência televisiva que teve na TV americana a final da Stanley Cup de hóquei no gelo, um dos principais acontecimentos desportivos naquele país.
As imagens do Pipe Master foram transmitidas única e exclusivamente no site da WSL através do Youtube, com cerca de 35 a 40% das visualizações a virem de dispositivos móveis. “Era difícil para nós ter uma relação linear com a TV”, explica o CEO da WSL, Paul Speaker. “Somos um desporto global, por isso temos sempre questões relacionadas com os fusos horários, e nem sempre temos swells - por isso não temos uma hora marcada de início ou fim, como os outros desportos”.
Este modelo de transmissões da WSL está a par com a tendência atual da ‘migração’ dos espectadores das televisões para o online. O facto de o surf chegar a milhões de pessoas sem ter contratos de exclusividade com quaisquer canais demonstra bem o poder que as audiências online têm para o desporto.
Ao fazer esta parceria de sucesso com o Youtube, que disponibiliza todos os conteúdos online, a WSL garantiu o crescimento numa faixa etária chave: mais de 67% da sua audiência está entre os 25 e os 44 anos. O envolvimento via redes sociais como o Facebook, Instagram ou o Twitter duplicou. A página de Facebook da NFL (liga de futebol americano) tem 12.5 milhões de likes, contra 2.3 da WSL, mas o número de ‘likes’, partilhas e comentários está no mesmo nível.
Dentro de poucos meses vão abrir os WSL Studios, com 6 mil metros quadrados, em Santa Mónica, na Califórnia. O estúdio vai apostar na criação de conteúdos para preencher espaços vazios de programação durante as transmissões em direto e também exportar programas, documentários e ‘highlights’ originais.
“Olhamos para outros desportos como exemplos, mas para nós, o live streaming é o pão de cada dia”, garantiu Paul Speaker. “Acho que muita gente vai acabar por olhar para nós e perguntar ‘Hey, como é que eles se lembraram disto?’”, concluiu.