Olhos postos na ronda 3 Olhos postos na ronda 3 ASP quinta-feira, 18 dezembro 2014 10:31

MEDINA CONTRA DUSTY PAYNE: O MOMENTO CHAVE?

A pressão está mais intensa do que nunca para o brasileiro e este heat pode ser decisivo para a conquista do título mundial.

 

 

Com a expectativa de ver retomar a ação entre hoje e amanhã em Pipeline, traçam-se os mais diferentes cenários na corrida ao título. Um, todavia, parece ser consensual: se Gabriel Medina vencer a sua bateria da ronda 3 contra o havaiano Dusty Payne, dá um passo fundamental no caminho para o título - desde logo porque se vencer, Kelly Slater fica já fora da corrida. E mais do que isso, se Fanning perder e Medina ganhar, o surfista de Maresias é campeão.

 

Todavia, vencer Dusty Payne não será uma tarefa fácil por vários motivos. Desde logo porque com o swell a chegar previsivelmente de Norte nos próximos dias, é provável que Backdoor passe a ser o pico mais usado, e isso tem as suas implicações. No caso de Medina significa que terá de surfar em backside (é uma direita, e o canarinho é goofy). Os registos históricos mostram que nunca houve um campeão do Pipe Masters a surfar de backside em Backdoor. Para além disso, e não é pouco, há o momento de forma de Dusty Payne, que ao fim de dois eventos deu uma volta brutal a uma época que parecia para esquecer. D-Payne chega a este confronto com a moral elevadíssima, a liderar a Triple Crown e a mostrar um surf temível em Pipe. Será que vai estar mais relaxado e menos intenso por já ter assegurado uma vaga no WCT do próximo ano? Ou será que vai entrar com tudo para garantir a vitória na Triple Crown? Apostamos mais na segunda, pelo que o espetáculo é garantido.

 

Adriano de Souza partilhou o seu ponto de vista sobre este heat nas redes sociais. “Ele terá um disputa muito dura com o Dusty Payne e caso consiga passar eu consigo ver ele chegando "tranquilamente" (pq sei que ele ganhará moral) nas quartas de finais. Com isso ele eliminaria um grande concorrente que seria o Kelly, pois esse não teria mais chances de ser campeão. E chegando as quartas, o Mick teria que ser campeão da etapa, que com certeza tem chances pq ele é fera, porem Pipeline é sempre uma competição muito difícil e com muitos concorrentes de alto nível”.

 

Parte da pressão para Medina será também o facto de ser o primeiro dos três a competir, mas se vencer, essa pressão passará a dobrar para Fanning e Slater. O australiano também não terá tarefa fácil frente ao francês Jeremy Flores, mais do que capaz de brilhar num palco como Pipe ou Backdoor. Slater, por sua vez, vai enfrentar o compatriota de Gabriel, Alejo Muniz, e é o claro favorito no que parece - em teoria - o heat mais acessível dos três candidatos. Mas não serão favas contadas, Alejo mostrou na primeira ronda que sabe encontrar tubos em Backdoor, e arrancou um 9.17 na bateria que venceu frente a Filipe Toledo e Nat Young - e precisa de atingir pelo menos os quartos de final para se manter no WCT do próximo ano. Kelly Slater tem, ao longo da época, tido algum azar em momentos chave, será que aquele heat da ronda 2 em que Kelly deu espetáculo em condições extremas serviu para mudar o rumo da fortuna?

Aguardemos - ansiosamente - o recomeço da competição em Pipeline, para ver quem será o próximo campeão do mundo! A partir das 17h30 não percas a chamada no North Shore.

Gabriel esteve ontem no 'Dawn Patrol', vê o que disse o brasileiro.

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